Fazendo jus à confiança da maioria dos votantes portugueses e atestando os respectivos superiores critérios de escolha dessa franja - desinteressadamente esclarecida pelos nossos media - Cavaco Silva, continua na senda da elevação, fiel a si próprio.
Agora, instado a pronunciar-se sobre a desgraça que nos cai em cima - fomentada e iniciada no seu Governo - o nosso homem resolve recorrer à fina ironia:
"O silêncio é de ouro! E o ouro está muito caro..."
Com graça alarve lá vomitou o preço do ouro por onça (certamente ainda bem informado pelos "empreendedores" quadros do BPN onde ganhou dinheiro sujo à nossa custa...) e teve o cuidado de explicar, na sua dicção ao jeito do cozinheiro sueco dos "Marretas":
"... e a onça vale trinta e UMA gramas!"
Ora toma!
Depois da ignorância triste de confundir Thomas More com Thomas Mann, de preferir como obra de Mozart o "Amadeus", de se surpreender e comover com o "sorriso das vaquinhas a avançar, a avançar...", de se queixar do miserável rendimento mensal obtido pelo casal de indigentes Aníbal e Maria, da trafulhice da troca da vivenda MARIANI com a dos vizinhos BPN's, o Presidente dos seus orgulhosos votantes não sabe nem tem quem lhe diga que GRAMA é MASCULINO.
Bendita Pátria, que tão ditosos filhos...
(é melhor estar calado...)
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