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14 de junho de 2013

Do verdadeiro prejuízo

por Fátima Inácio Gomes, em 11.06.2013

O anúncio da greve de professores às reuniões de avaliação e a um exame nacional veio pôr a nu o país que temos. Um país de faz de conta.
Fica bem, democraticamente bem, dizer que “a greve é um direito”. Mas quando os professores anunciam uma greve (a medida mais radical de contestação, que se usa quando todas as outras se esgotaram) o democrático verniz estala. Um profissional da política (daí, um dos responsáveis pelo estado do país e das contas públicas), agora emboscado no comentário televisivo, acusa os professores de desrespeitadores e de criminosos. Ministros e deputados vociferam, diariamente, nos meios de comunicação social, incendiando a opinião pública, que educam à medida da sua manipulação.

O Governo lançou uma campanha espantosa de diabolização da greve dos professores, em particular à do exame a Português, transformando os alunos nos pobres cordeiros sacrificados à voragem do lobo mau. Como se o Governo, até à data, não tivesse feito mais do que lançar medidas que prejudicam as famílias e, muito particularmente, os jovens. Como se o Governo, até à data, na Educação, não tivesse lançado medidas com efeitos muito mais gravosos do que uma greve a um exame nacional pode causar. Mais uma vez, o Governo quer desviar o ónus da responsabilidade para os bodes expiatórios do costume… os professores. E há muita “opinião pública” que embarca neste discurso – ainda merecerá um estudo aprofundado a análise desta patologia que, recorrentemente, acomete a população sempre que os professores são assunto.

 A degradação das condições de trabalho contra a qual os professores lutam não só põe em causa a qualidade do ensino atual (não, Sr. Ministro, não é o mesmo ensinar a 15 ou a 30 alunos, por mais fabulosos que sejam os métodos e competente seja o professor) como compromete perigosamente a qualidade do ensino no futuro: quem serão os professores do futuro, quando os que se formam atualmente (ou de há dez, quinze anos para cá) são enxotados do ensino?  quem serão os professores do futuro, quando os bons estudantes são aconselhados a não seguir uma profissão que, garantidamente, não tem futuro de emprego e é cada vez mais desvalorizada  e enxovalhada na sociedade?
Gostaria que algum senhor deputado, daqueles que estão tão indignados com a greve dos professores, me respondesse, aqui mesmo, neste espaço, frontalmente, a uma questão, se é que alguma vez descem da redoma onde se refugiam e isolam das pessoas que dizem representar para falar com elas.
Responda-me, pois, honestamente (e esta questão lanço-a também a todos os pais, a todos os portugueses):  o seu filho é um bom aluno, está no 12º ano, e diz-lhe que quer ser professor de Biologia. Ou de Filosofia. Ou professor do primeiro ciclo. Ficará tranquilo com essa escolha? Achará, honestamente, que é uma boa escolha?

Tenho duas filhas, uma no 8º e outra no 10º ano. Nenhuma delas quer ser professora. Não por não reconhecerem valor à profissão (conhecem o meu trabalho e sabem reconhecer o dos seus professores), mas porque sentem que a profissão não é reconhecida. Muito menos valorizada, não só financeiramente, mas socialmente. Insurgem-se contra os comentários que veem na televisão, por exemplo, a propósito desta greve. Como se a mãe fosse a criminosa que o senhor Marques Mendes diz que ela é, por fazer greve, como se a mãe não tivesse os mesmos direitos que um varredor, um médico, um motorista, quando fazem greve. Como se a mãe fosse uma cidadã menor. E elas não querem isso para elas. E eu, apesar de gostar da minha profissão, também não quero isto para elas.

E assim, senhores deputados, senhores ministros, meus caros concidadãos, estamos a caminhar para um futuro muito mais prejudicial para muitos mais alunos do que aqueles que vão fazer agora exame. Caminhamos para um futuro sem professores. E aqueles que houver, serão os menos qualificados, incapazes de entrar num curso “melhor”. Que ensino será, então, o nosso, com esses professores? Que será, então, dos nossos alunos?

Percebem agora o perigo do caminho que se está a seguir? Quem anda, afinal, a causar verdadeiramente prejuízo aos alunos?

26 de julho de 2012

Professores…

A Federação Nacional de Educação (FNE) e consequentemente os seus sindicatos, no prosseguimento da política de vendilhões que a sua central (UGT) nos tem habituado, andam de mãos dadas com a política criminosa deste governo, para a educação.

Tal como o “patrão” da UGT e os seus vassalos… vão dizendo umas critiquinhas – mas que não aleijem – sobre o governo, para distrair… 


Mas no essencial, pactuam com a miséria que está a acontecer…

Na verdade não lhes interessa se vão ser enviados para o desemprego milhares de professores, que são necessários para educar os meninos;

Não lhes interessa o aumento do horário lectivo, e o consequente aumento de horas que os docentes vão roubar às suas famílias para fazer o trabalho que é necessário;

Não lhes interessa que as salas de aulas sirvam para despejar meninos e não para ensinar;

Pergunto, mas afinal com o que estão contentes… 


Será com a classe dos Directores – nem todos felizmente – que ganham mais € 1.000,00 para servirem cegamente e de forma autista as indicações do governo?

Tenham atenção, pois o nome dos sindicatos poderão levar ao engano…  


Não contribuam para sindicatos que só servem para dividir docentes em prol de aumentar a carneirada; que de forma amorfa vivem diariamente, enquanto é destruída a escola pública… e a vida dos seus colegas e o futuro dos meninos.

Não contribuam para sindicatos, que usam a vossa contribuição para matar a escola pública em prol de outros interesses…

Juntem-se aos sindicatos da FENPROF, pois são estes que lutam pelo direito à escola pública...

Se ainda não compreenderam a diferença, comparem...