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20 de abril de 2013

Limitação dos mandatos….


Existem coisas que fazem-me "grande confusão", e esta é uma delas...
Legislar para contornar a vontade do Povo, sim que isto é retirar o poder do Povo eleger, democraticamente.
Se o Povo não faz bom uso desse poder já é outra conversa...
Problema que só pode ser ultrapassado com responsabilidade, conhecimento e consconsciência.
Responsabilidade para assumir as suas opções, independentemente das consequências dessas opções;
Conhecimento do caracter, valores e capacidade do eleito, no qual deposita o seu voto;
Consciência que o seu voto pode interferir negativamente na sua vida, e na dos demais homens do povo.

Por agora não importa se apresentou-se um ladrão, e face à limitação dos mandatos, posteriormente apresenta-se um gatuno… o que não pode ser, é um homem sério e competente estar 10, 20, … anos à frente de uma autarquia… através do voto de quem mais ordena.

No dia em que o povo alcançar este patamar de consciência, isto muda...

Até lá o sistema predominantemente vai fornecendo umas palhaçadas para o povo se divertir...

ALCAÇER DO SAL E TORRES COUTO…


Depois do Torres Couto ter andado a roubar os direitos dos trabalhadores, primeiro aos profissionais de seguros e depois a todos os trabalhadores portugueses;

Depois de ter vendido os direitos de quem trabalha, a troco de uns subsídios para a UGT e consequentemente para o seu bolso e dos amigos;

Depois dos seus donos o terem safado de ser preso, por desvio das receitas recebidas em troca da venda dos direitos de quem trabalha;

Depois de ter ido para deputado do PS, prémio por serviços prestados ao Mário Soares e amigos;

Depois de ter “desaparecido” e “hibernado” para que fosse esquecido os crimes, que não se tornaram em crimes graças as peripécias do processo criminal e do santo prescrição;

Depois de ter aparecido a dar opiniões na comunicação social amiga do peito, dos liquidadores do povo português. Comentários que queriam fazer dele um “grande homem de esquerda”.

Agora, aparece como candidato à Camara Municipal de Alcácer do Sal…

Espero que o povo não tenha esquecido o que este homem fez para vender os direitos dos trabalhadores portugueses, e que façam a opção certa no momento do voto…

13 de maio de 2012

O esperado não de Hollande a Berlim


08/05 às 06h03

A senhora Ângela Merkel, tenha disso consciência ou não, age de acordo com a velha arrogância prussiana, ao convidar François Hollande a visitar Berlim, no próximo dia 16 — logo depois de empossado. Foi quase uma convocação. Ela deixou claro, ao cumprimentar o novo presidente, que podem falar de tudo, menos do essencial: da “austeridade” orçamentária. Austeridade, na visão germânica da política europeia, significa seguir o caminho percorrido até agora, com os bancos recebendo bilhões e bilhões de euros, emitidos sem lastro, e os usando para as especulações de seu interesse e para encalacrar ainda mais os países meridionais. Os bancos receberam o dinheiro do Banco Central Europeu a 1% ao ano e os repassam, ao estados em crise a juros de 6 a 9% ao ano. Um “spread” escorchante.
Se François Hollande, fatigado pela campanha e pelos festejos da vitória, não estivesse desatento, poderia ter sugerido que o encontro se fizesse em Bruxelas, sede da União Europeia, e não em Berlim. Se ela pretende discutir o desenvolvimento econômico continental, o lugar do encontro não poderia ser outro que não Bruxelas, a menos que ela, em gesto de boa diplomacia, houvesse proposto visitar Paris.
A senhora Merkel faz lembrar um de seus antecessores na Chancelaria do Reich, que convocou a Munique os primeiros-ministros da França (Daladier), da Itália (Mussolini) e da Inglaterra (Chamberlain) a fim de lhes impor sua vontade, a de apoderar-se de grande parte do território tchecoslovaco. O fantasma de Hitler está sob o portal de Brandenburgo.
Hollande só conseguirá reaver-se do descuidado “oui” se se mantiver firme em seu propósito de aliviar os sacrifícios dos trabalhadores 
Hollande só conseguirá reaver-se do descuidado “oui”, que deve ter soado aos ouvidos de Ângela Merkel como um obediente “jawohl!”, se  —  diante da imposição alemã  —  se mantiver firme, em seu propósito de aliviar os sacrifícios impostos aos trabalhadores europeus, com a chamada “austeridade”. A Europa será devolvida aos seus cidadãos, ou continuará dirigida e saqueada pelos banqueiros do Goldman Sachs e associados menores, que hoje exercem o poder de fato no continente, e disso retiram seu proveito. 
Para os observadores desinformados e irônicos, o encontro  —  antes mesmo que Hollande se sinta em seu gabinete presidencial  —  poderá ser entendido como uma audiência para o recebimento de normas e instruções.
Atenas pode não ter a importância  —  e não tem  —  de Paris, mas é um símbolo do poder e da razão política bem mais antigo.
A derrota da coligação que se encontrava no governo (só se obtiveram as cadeiras no Parlamento, pela legislação que lhe assegurou 50 vagas a mais do que os escrutínios), e a vitória da esquerda, eram esperadas. Não se contava com a atrevida emersão do partido neonazista, sob o nome inocente de “Aurora Dourada” e a suástica, redesenhada, como seu símbolo. Começou bem, já com tropa de assalto formada, exigindo dos jornalistas que se levantassem para receber o líder, e expulsando da sala os que se recusaram ao “gesto de respeito” para com o novo palhaço, louco e racista. Seu primeiro projeto é o de minar as fronteiras gregas, a fim de impedir a entrada de estrangeiros. 
Uma vez que a coligação que se encontrava no poder não conseguiu formar o novo governo, caberá à esquerda fazê-lo, e nas próximas 48 horas. Espera-se que as lições europeias dos anos 30 inspirem os democratas gregos, e que eles estabeleçam uma aliança de centro, capaz de vencer as pressões externas com habilidade, e reendereçar a economia do país mediante o fortalecimento do Estado e uma política de desenvolvimento social em busca do pleno emprego.
Hollande tem razão: projeto semelhante ao de Roosevelt pode salvar a Europa 
Hollande lembrou o new deal de Roosevelt em sua campanha. Foi bom que o fizesse. Há oito décadas, em 1932, diante de uma recessão que alguns consideram menor do que a de hoje, o Estado foi compelido, à esquerda e à direita, a intervir diretamente na economia. Na Alemanha, a resposta foi a do nazismo, com a eleição de Hitler; na Itália, a do Instituto de Reconstrução Industrial  —  criado por Alberto Beneduce  —  que interveio fortemente nas atividades produtivas, política mantida depois da vitória aliada, até o neoliberalismo dos anos 80 e 90, que jogou a Europa na crise atual.
Roosevelt conseguiu impor o seu programa de recuperação industrial, ao encoleirar os banqueiros e intervir, sem vacilação, em todos os aspectos da economia e da cultura de seu país, levando-o à vitória na Segunda Guerra Mundial, que se celebra exatamente hoje. Hollande tem razão: projeto semelhante ao de Roosevelt pode salvar a Europa. 
É preciso impedir que o atrevimento do novo nazismo atinja, de igual forma, a Itália, a Espanha e a Alemanha  —  como o de Hitler nos anos 30. A França de Hollande deve resistir ao Diktat alemão, o que a França de Pétain não foi capaz de fazer diante de Hitler.