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13 de novembro de 2010

Esta do juiz está-me a fazer confusão…

Então se um trabalhador que trabalha mais do que as horas devidas, e sem remuneração, decide não trabalhar parte dessas horas, que trabalha de “borla”… pode ser sujeito a processo disciplinar?

Na comunicação social, passaram vários fazedores de opinião, que em vez de criticarem o estado da justiça, criticam um trabalhador por não continuar a trabalhar várias horas sem ter remuneração.

Engraçado…

Uns destroem a justiça; Tornam a justiça demorada e cara… resultado esse obtido pelos sucessivos governos PS, PSD e CDS…

Um tribunal constitucional que em vez de julgar a constitucionalidade das leis, limita-se a por o visto politico nas leis emanadas por quem os nomeou; Resultado obtido, porque estes juízes são nomeados pelos políticos, que posteriormente fabricam as leis contra quem trabalha.

Em relação a isto, estes fazedores de opinião não aparecem para “julgar”.

Agora aquele que tem andado a roubar horas à família, em troco de nada, estes fazedores não o julgam por isso, mas sim por querer trabalhar menos horas à “borla”.

E são estes senhores, fazedores de opinião, que têm sempre a porta aberta… para formatar mentalidades na comunicação social.

E como dizia o Fernando Peça… E ESTA HEIN!!!

10 de novembro de 2010


Foi publicado na 2.ª Série do Diário da República, de 26 de Maio de 2010, um despacho do extraordinário João Duque, através do qual Eduardo Catroga é contratado para professor catedrático, o que parece que não lhe ocupará muito tempo ["a tempo parcial 0 %"], e, já que estamos com a mão na massa, o contrato produz "efeitos a partir de 1 de Setembro de 2008".

Expliquem-me lá os efeitos deste despacho. Se contratado para o quadro a 0% do tempo, eu diria que talvez fosse para não trabalhar mas para ter o lugar garantido. Agora contratado para além do quadro a tempo parcial 0% e ainda por cima com efeitos retroactivos a 01/09/2008, desculpem mas não entendo. Vá-se lá saber das intenções...


PS: Que bem que falou este reformado (E. Catroga) na televisão, acerca da crise e das medidas duras necessárias para a debelar !!!

14 de maio de 2010

Pois é...

É preciso que se saiba que:

"... Os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro,




Mas os nossos gestores recebem, em média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"

(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)



E são estas "inteligências" (?) que chamam a nossa atenção: "os portugueses gastam acima das suas possibilidades".

14 de fevereiro de 2010

Quem é Rui Pedro Soares, o administrador da PT


A face oculta das escutas

Quem é Rui Pedro Soares, o administrador da PT que surge nas gravações como o alegado pivô do negócio TVI?
Paulo Pena e Tiago Fernandes (texto)

Publicado na Visão
Quinta-feira, 11 de Fev de 2010

  • Ver artigo Completo

  • 9 de janeiro de 2010

    Lá vamos cantando e rindo. . .

    ASSEMBLEIA DA REPUBLICA

    Segundo o deputado "Ricardo Gonçalves", do PS, a entrevista a um jornal local define assim a vida parlamentar de um deputado:

    Muito do nosso trabalho é bater palmas

    Porreiro pá... isto é que é trabalho!

    CORREIO DA MANHÃ

    9/01/2010

    Se não vejamos . . .

    UMA PARISIENSE EM SÃO BENTO

    Acabo de ler uma peça jornalistica muito interessante. Fiquei a saber que a deputada do PS Inês de Medeiros, foi eleita por Lisboa e vive em Paris. Acontece como demais deputados, quando a semana de trabalho acaba há que rumar a casa. A Paris, portanto. Tão longe de casa, só com ajudas de custo será possivel suportar uma situação destas. Mas parece que a Assembleia da República já está a tratar do caso e a solução estará para breve, com efeitos retroactivos. Sinto-me aliviado. Porque acho que a democracia portuguesa não poderia, obviamente passar sem a Inês Medeiros e, por isso, devemos todos contribuir para que a simpática residente parisiense possa também ela contribuir com a sua presença para o avanço da Nação. Nem que seja como diz o seu colega de bancada Ricardo Gonçalves, só para bater palmas.

    E, o meu alívio tambem se deve ao facto de a actriz não residir em Sydney, Melbourne ou Auckland, que igualmente seriam lugares bastante plausíveis para viver alguém eleito pelo círculo de Lisboa, só que um nadinha mais longe. Em Paris fica-nos muito mais barato.

    Da minha parte de contribuinte. OBRIGADO



    Correio da Manhã

    9/01/2010

    2 de janeiro de 2010

    Não, não sou invejoso…

    Fico triste ver o povo português eleger pessoas que em nada contribuem para o desenvolvimento, sustentado, de Portugal…
    Fico triste ver o povo português a votar em partidos que têm contribuído, ao longo destes trinta anos, para aprofundar a miséria em que vive o povo português…
    Fico triste ouvir o povo a dizer “estes políticos são uns vigaristas…”, em vez de dizer que determinados partidos só têm políticos vigaristas…
    Fico triste ouvir o povo dizer “isto é uma vergonha, estamos num pais governado por vigaristas… mas eu não votei neles, aliás não votei em ninguém…
    (como se o não exercício do dever de votar, fosse benéfico para o pais… enquanto na verdade é benéfico para quem ganha, fazendo com que o sistema mantenha-se em prol de quem mais possui)
    Fico triste ouvir que não vale a pena votar, pois o voto não muda nada
    Se os trabalhadores votassem em quem defende, verdadeiramente, os seus direito… em vez de votarem naqueles que a comunicação social dá mais “tempo de antena”, em vez de votarem naqueles porque gostam de votar em quem ganha - como se de um clube tratasse -; Isto mudava, pois os trabalhadores que são prejudicados nos seus direitos e NO SEU DIREITO DE VIVER são mais de 90% dos cidadãos, logo deveria ganhar quem verdadeiramente pensa e trabalha em prol destes.
    Fico triste ver os “capitalistas” andarem a dizer que isto está mal porque têm menos LUCROS, não é devido a terem prejuízos, enquanto isso muitos trabalhadores, com trabalho passam fome.
    Fico triste ver os trabalhadores votarem naqueles que só pensam em lucrar com a pobreza dos outros e que a fim de manterem o poder, tudo fazem… mesmo que seja escandaloso.
    A VERGONHA É ALGO QUE, TAMBÉM, DEIXOU DE HAVER se houvesse, pelo menos vergonha, não haveriam nomeações destas, que servem para proteger? quem? O quê?

    Ver publicação no Diário da República

    1 de dezembro de 2009

    TUDO VALE... O FIM É QUE IMPORTA...


    O poder económico através dos seus lacaios arranjam formas de explorar, cada vez mais, quem trabalha e que só tem a sua força de trabalho para vender.

    O poder económico tem poder financeiro para ter a trabalhar para si grupos de criminosos, que na nossa época possuem um nome mais pomposo, são os ditos lobbies.

    Servem-se destes indivíduos para influenciarem na aprovação de leis que lhes são favoráveis para prosseguirem com a exploração, e para obterem esta exploração basta terem estes malfeitores sobre a sua alçada, meia dúzia de capangas que fazem o papel destes dentro das empresas e dinheiro, dinheiro esses que muitas vezes não existe é simplesmente virtual, mas que vai fazer render muito dinheiro verdadeiro à custa daqueles que só possuem o seu trabalho para sobreviverem e que sujeitam-se à exploração para poderem ter um pouco para alimentarem os seus filhos.

    Os criminosos contratados pelo poder económico, e que chamam-se lobbies, exercem a sua influência e o poder daqueles que os contrataram junto de vários sectores, entre eles no mundo sindical e que contratam os amarelos para enganarem os trabalhadores que ainda acreditam neles.

    Por algum motivo formam-se sindicatos e centrais sindicais para combaterem outras e dividirem, de forma a distrair os distraídos e cortar o raciocínio daqueles que tinham potência para raciocinar, mesmo que ainda não o tivessem feito.

    Estes criminosos e camaradas de crime nem precisam de ser inteligentes, pois a esperteza basta para vender direitos, sendo que não necessitam de prestar contas… até um dia claro!!!

    Vejamos a seguinte anedota, demonstra de forma irónica o diálogo e o pensamento destes criminosos…

    Um burguês vai a uma churrasqueira e pede ao empregado que embrulhe dois frangos.
    Enquanto o empregado embrulha os frangos, repara numas belas codornizes e pergunta ao empregado se pode trocar os 2 frangos por 4 codornizes, ao que o empregado responde:
     

    - Claro que sim.
    Depois de embrulhadas as codornizes e entregues ao burguês, este vai-se embora, quando o empregado irrompe:    
    - Desculpe, mas o Sr. esqueceu-se de pagar as codornizes.
    - Mas eu não as comprei, troquei-as pelos frangos! - disse o burguês, "indignado" com a petulância do empregado.
    - Mas também não pagou os frangos!
    - Correcto, mas também não os levo...pois não ?

    14 de setembro de 2009

    Benefícios fiscais em Portugal

    "Assim, no período 2005-2008, ou seja, com este governo, os bancos representados pela Associação Portuguesa de Bancos tiveram 10.588 milhões de euros de lucros. Deste volume de lucros a banca só pagou 1.584 milhões de euros de impostos sobre lucros, o que corresponde a uma taxa efectiva média de apenas 15%. Se a banca tivesse pago a taxa legal (25% de IRC mais 2,5% de Derrama) ela teria pago neste período 2.912 milhões de euros, ou seja, mais 1.328 milhões de euros do que pagou. Sócrates, o PS e toda a direita sempre se opuseram a que fosse fixada uma taxa efectiva mínima de imposto sobre os lucros que não poderia ser reduzida através da utilização de benefícios fiscais como actualmente sucede. Estes dados sobre a banca assim como a posição destes partidos dão bem uma ideia de quais são as classes sociais mais beneficiadas com o sistema de benefícios que existe em Portugal, e que interesses defendem aqueles partidos."

  • "Benefícios fiscais em Portugal - Quem é mais beneficiado?" por Eugénio Rosa, disponível em Resistir
  • 2 de setembro de 2009

    FILOSOFIA DE VIDA...

    Existem, cada vez mais, pessoas que não param para reflectir no que ouviram ou que não pensam no que dizem; limitam-se a reproduzir o que ouviram tipo robôs...

    Fica sempre bem mostrar que sabemos opinar sobre tudo, mas dá muito trabalho adquirir o conhecimento... por isso há que recorrer à formula mágica, fazer das palavras dos outros as nossas, mesmo que não tenha-mos entendido nada do assunto.

    Por isso é que no nosso dia-a-dia ouvimos pessoas a defenderem o que é indefensável, não tendo raciocínio próprio - a formatação do pensamento através dos órgão de comunicação social, em defesa da ideologia predominante a isso levou -, no entanto quando estão perante alguém com conhecimento e argumentos, contrários aos por si utilizados, acabam sempre qualquer “discussão “ utilizando, entre outros, um destes termos:

    - “não me interesso por estas coisas...”;

    - “são todos iguais...”;

    - “não existe outra maneira...”;

    - etc...

    E uma das mais famosas...

    -“não é bem assim, temos que evoluir “modernizar”...

    Para estes o que importa é modernizar, agora se é para melhor ou para pior isso não interessa, dá muito trabalho usar o raciocínio e o conhecimento, sendo mais fácil deixar os outros decidirem por nós e depois se correr mal, lavamos as mãos, “tal como Pilatos”...

    Mas o importante para eles é estarem, sempre, em sintonia com aqueles que vencem sempre... ou os mais “conceituados” no sistema predominante...

    A ISTO SE CHAMA, DECADÊNCIA DOS VALORES... E DA CONSCIÊNCIA...



    30 de abril de 2009

    A favor do congelamento dos salários...



    Em relação a este artigo publicado no 24 horas, de 13.04.2009;

    Palavras? Acho que não há necessidade...

    Mas lembro que este senhor é um verdadeiro vendedor de “banha da cobra”, que tem solução para reduzir custos em tudo desde que não vá contra os seus interesses e dos que representa.

    Este Senhor numa entrevista em 24 de Setembro de 2004, que além de outras barbaridades, disse o seguinte:

    “Em Portugal Temos 30 por Cento de Professores a Mais

    P. - Tem dito que o estado do ensino é uma das suas preocupações fundamentais. Porquê?
    R. - Primeiro, porque é um factor importante para o crescimento económico, apesar de não ser, nem de perto nem de longe, o único. Mas hoje considera-se internacionalmente que uma pessoa que não tem o 12º ano não serve muito para a vida activa. Ainda recentemente um empresário da construção civil me dizia que os seus empregados de Leste eram melhores do que os portugueses porque um indivíduo com o 12º ano arruma melhor os tijolos, organiza melhor o trabalho, do que alguém sem estudos. Nunca tinha pensado nisto...

    P. - É porque têm mais ginástica de pensar...
    R. - Exactamente. Ora, em Portugal, entre os 24 e os 65 anos, só 20 por cento dos portugueses têm o 12º ano - na Europa a média é 67 por cento. Até a Turquia está à nossa frente. E já não é só herança do passado: hoje mais de metade dos alunos não acabam o 12º ano e muitos nem sequer o básico. Assim nunca recuperaremos a "herança do passado" e nos aproximaremos da média europeia. Ora o que é que vai ser o país no futuro com uma população desta? Mais: se olharmos para a qualidade, os exames comparativos, os PISA, mostram que atrás de nós, nos países estudados, só ficam o México e o Luxemburgo, e este por causa da percentagem de imigrantes, muitos deles portugueses.

    P. - É por investir pouco?
    R. - Não. Nós já gastamos com a educação mais do que a média da OCDE. Temos 30 por cento de professores a mais em relação à média e as turmas mais pequenas dos 27 países comparados. Temos o menor número de aulas para os alunos e as menores cargas horárias para os professores. Por fim, sobretudo no fim da carreira, temos alguns dos professores primários mais bem pagos da Europa. Mais: nunca ninguém me explicou porque é que não há concursos verdadeiros para professores, porque é que se utilizam as notas das universidades venham, eles de uma escola boa e exigente ou de uma universidade manhosa e perdulária nas notas. Isto resolvia-se bem com um teste: porque é que não se resolve? E o que é que anda um aluno a fazer matemática no 10º ano se não teve aproveitamento no 8º e no 9º? Anda a fazer com que os seus colegas não aprendam como podiam aprender, porque o professor tem de se ocupar dele em vez de puxar pelos outros. Por fim, ainda se andam a formar mais professores quando não há lugar para eles, gasta-se o dinheiro todo com salários e não se compram computadores. É um desastre completo. Nem daqui a 30 ou 40 anos nos livramos dos erros que andamos a fazer hoje.

    Este Senhor é um daqueles que até o 25 de Abril de 1974 era um dos privilegiados do sistema, entre outros, não tivesse sido ele administrador da Caixa Geral de Depósitos e director do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério das Finanças, em 1969, cargos que ocupou até 1974.

    Depois foi dos que voltaram aos cargos políticos, no pós 25 de Abril, entre outras “cadeiras”, e contribuiu para a situação em que se encontra o nosso País.

    No entanto tem direito a muito tempo de antena, não para pedir perdão por ter contribuído para à miséria que existe em Portugal, mas sim para falar e dizer o que o sistema tem como doutrina...

    27 de março de 2009

    Recordar

    REFORMAS COM A GRAÇA DE DEUS!


    Património: Sacerdote é membro do Conselho económico e social Padre Melícias tem reforma de 7.450 euros. O padre Vítor Melícias, ex-alto comissário para Timor-Leste e ex-presidente do Montepio Geral, declarou ao Tribunal Constitucional, como membro do Conselho Económico e Social (CES), um rendimento anual de pensões de 104 301 euros. Em 14 meses, o sacerdote, que prestou um voto de obediência à Ordem dos Franciscanos, tem uma pensão mensal de 7450 euros. O valor desta aposentação resulta, segundo disse ao CM Vítor Melícias, da "remuneração acima da média" auferida em vários cargos. >Correio da manhã - 19.03.2009
    >AQUI ESTÁ UM VOTO DE POBREZA DE UM FRANCISCANO!

    18 de março de 2009

    EDUCAÇÃO

    Entrevista com Santana Castilho, sobre a educação, onde é dito com clareza e objectividade como está a nossa educação.

    8 de março de 2009

    GANDAS OPORTUNIDADES

    Tudo é possível fazer... desde que tenha-se as pessoas certas, com a sensibilidade adequada.

    Como acontece agora com um governo, apelidado de esquerda, em que a forma de levarem as pessoas a acreditar em si e nas suas politicas é levarem as estatísticas ao patamar de um “Deus”; Os tais que se habituaram a ouvir e a seguir divulgar, os tais que não fazem questão de aprenderem o que é o pensamento e o raciocínio, e têm repugnância por quem faça com que estes estejam sempre, permanente, presentes na sua vida.

    As estatísticas dão, no que dão; Como empresas que a maioria passa fome, mas como os quadro dirigentes e da administração ganham balúrdios, estatisticamente aquela empresa paga ordenados acima da média.

    Um caso flagrante é a educação, não importa que saibam, importa sim é que haja muita gente com o 12ª ano e etc..., a fim de constar-mos como um dos povos mais “evoluídos”.

    A VERGONHA É QUE ACTUALMENTE A “SABEDORIA “ DE UM 12ª ANO OU CURSO SUPERIOR É MENOR DO QUE MUITOS QUE TÊM A ANTIGA 4ª CLASSE

    MAS ISSO NÃO INTERESSA PARA AS ESTATISTICAS

    AS ESTATISTICAS NÃO PRECISAM DE CULTURA E SABEDORIA, PRECISAM SIM, DE NUMEROS GRANDES NUMEROS


    24 de fevereiro de 2009

    Momentos de lucidez...

    Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.
    A lucidez, que foi, segundo parece, uma das suas maiores qualidades durante uma longa carreira política!!!...
    A lucidez, que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hoteis de luxo em Paris…A lucidez, que lhe permitiu conduzir da forma «brilhante» que se viu, o processo de descolonização…A lucidez, que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia...A lucidez, que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa…A lucidez, que lhe permitiu governar sem ler os «dossiers»…A lucidez, que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo…A lucidez, que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, desta modo, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais…A lucidez, que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a "Emaudio", com «testas de ferro» no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais…A lucidez, que lhe permitiu utilizar a "Emaudio" para financiar a sua segunda campanha presidencial…A lucidez, que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da "Emaudio"...A lucidez, que lhe permitiu ficar incólume nos casos "Emaudio" e "Aeroporto de Macau" e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial…A lucidez, que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, «Contos Proibidos», que contava tudo sobre a "Emaudio", e ter a sorte desse mesmo livro, depois de esgotado, nunca mais ter voltado a ser publicado…A lucidez, que lhe permitiu passar incólume às «ligações perigosas» com Angola, ligações estas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião este carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola)…A lucidez, que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países («record» absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França - 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros)…A lucidez, que lhe permitiu visitar as Seychelles, uma terra de grande importância estratégica para Portugal…A lucidez, que lhe permitiu, no fim destas viagens, levar para a casa-museu João Soares, uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da República Portuguesa…A lucidez, que lhe permitiu guardar esses presentes num cofre-forte blindado dessa casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da República…A lucidez, que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau, e Campo Grande…A lucidez, que lhe permitiu, abandonada a Presidência da República, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de direito privado que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo…A lucidez, que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação, violando o PDM de Lisboa segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras…A lucidez, que lhe permitiu conseguir que o processo das antigas construções que ali havia e que se encontrava no Arquivo Municipal, fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente num incêndio dos Paços do Concelho…
    A lucidez, que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos…A lucidez, que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de quinhentos mil contos do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo, num edifício cedido pela Câmara de Lisboa…A lucidez, que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente…A lucidez, que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-Presidente da República, na... Fundação Mário Soares…A lucidez, que lhe permite, ainda hoje, que a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria...A lucidez, que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente da Câmara era... João Soares…A lucidez, que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do «Público», José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema…A lucidez, que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar durante a campanha, "dona de casa" à vencedora Nicole Fontaine…A lucidez, que lhe permitiu considerar José Sócrates «o pior do guterrismo» e ignorar hoje em dia tal frase, como se nada fosse…A lucidez, que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez…A lucidez, que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista…A lucidez, que lhe permitiu ler os artigos «O Polvo» de Joaquim Vieira na «Grande Reportagem», baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista…A lucidez, que lhe permitiu ficar incólume, depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas…
    No fim de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta-lhe um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai… Vem e vai… Vem e vai… Vai... e não torna a voltar…
    De alguém, que eu não sei quem...

    Democracia...


    19 de fevereiro de 2009

    Mais uma golpada !!! Veja como se gastam fortunas em Organismo que não servem para nada.


    Como a memória é curta, e quando o governo anda a atacar os direitos dos trabalhadores, para não variar é claro.

    O novo código do trabalho que entrou em vigor na passada terça-feira veio retirar, ainda mais, os direitos dos trabalhadores de terem um trabalho que respeite não só o trabalhador, mas o Homem que ele é.



    Ao mesmo tempo deixa que os seus vassalos mantenham condições de vida e regalias que são uma afronta a quem trabalha.






    Mais uma golpada - Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE
    Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.
    Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregador, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.
    Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?».
    E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!».
    E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
    Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».
    Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
    Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.
    Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público.
    Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.
    Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE?
    A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético.
    E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço.
    Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo?
    Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.

    3 de fevereiro de 2009

    O maior fracasso da democracia portuguesa


    Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.


    Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.


    Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

    Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
    A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.

    Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

    Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

    Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.

    Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.

    E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

    Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

    Vale e Azevedo pagou por todos?

    Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?

    Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?

    Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

    Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?

    Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

    Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

    No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?

    As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

    E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

    E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?

    Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

    E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

    E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?

    O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

    E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

    E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.

    Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.

    Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

    Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

    Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças , de protecções e lavagens , de corporações e famílias , de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.

    Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

    Clara Ferreira Alves - "Expresso"