A longa duração do fenómeno da escravatura, de uma extrema violência, se 
põe em evidência a crueldade dos homens, deu origem a diversos lugares 
de memória, como monumentos, topónimos, etnónimos, contos, lendas, mitos. 
A memória colectiva recicla constantemente esse tecido fundador.
Este 
Guia, consagrado ao reconhecimento dos sítios de memória dos países de África 
que falam a língua portuguesa, pretende identificar, 
inventariar, cartografar, dar a conhecer e estudar os muitos «lugares de 
memória» da escravatura e do tráfico negreiro: os que podem ser vistos e 
tocados, sem esquecer aqueles que graças à tradição oral reactualizam o 
processo criador.
  
Sem comentários:
Enviar um comentário