Mostrar mensagens com a etiqueta lutar direitos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta lutar direitos. Mostrar todas as mensagens

24 de junho de 2013

Professores, uma referência contra o medo

Na semana em que se assinalam os dois anos da posse do Governo de coligação PSD-CDS, chefiado por Pedro Passos Coelho, o executivo sofreu uma derrota política com a greve dos professores. O dia 17 de Junho pode vir a ficar na história deste Governo como o dia marcante no que tem sido a investida autofágica ao próprio Estado, que o Governo tem consumado no ataque aos funcionários públicos.

A greve dos professores no dia de exame nacional de Português - na continuação da greve às avaliações, que já estava a ser um sucesso - foi uma importante derrota política de todo o Governo e em especial do primeiro-ministro, que deu cobertura à forma como o ministro da Educação geriu este assunto e o transformou num braço-de-ferro com os sindicatos dos professores e com os professores em geral. A derrota foi tal que os exames previstos para o dia da greve geral já foram antecipados para a véspera.

O primeiro-ministro autorizou e apoiou a forma autoritária e no limite do poder democrático e do Estado de direito como o ministro da Educação procurou forçar os professores a irem vigiar exames. Quebrando todas as noções de bom senso e de tentativa de conciliação social que competem ao poder executivo em democracia, o ministro da Educação insistiu na recusa em adiar o exame para 20 de Junho, como foi sensatamente proposto pelo colégio arbitral a que o próprio ministro recorreu e que se recusou a decretar serviços mínimos. Se o tivesse feito, Nuno Crato tinha de uma penada saído como um governante que sabe dialogar e reconhecer o direito democrático à greve, mas que pôs em primeiro lugar o interesse dos alunos. Seria visto como um vencedor e teria esvaziado a greve dos professores, deixando os sindicatos sem espaço político e social para remarcar a greve para outro dia de exames.

Mas o primeiro-ministro, com o respaldo e o veemente apoio político que deu a Nuno Crato nesta cruzada, decidiu que mais uma vez os professores iam servir de exemplo. E adoptando a arrogância do autoritarismo neoliberal perante o trabalho e prosseguindo a mesma linha ideológica de que tem governado com o intuito de baixar o valor do trabalho, o Governo seguiu em relação à greve dos professores as regras de um manual de thatcherismo de trazer por casa. Convenceu-se que também ele ia "quebrar a espinha" aos sindicatos. Enganou-se.

O que o Governo conseguiu foi lançar a confusão nos exames de Português, que ou não se realizaram ou realizaram em muitos casos atabalhoadamente. Se não, vejamos os dados que resultam de um dia de greve. Segundo o próprio Ministério da Educação, apenas 76% dos 75 mil alunos inscritos a exame conseguiram realizar a provas, ou seja, cerca de 20 mil alunos ficaram sem exame de Português, pelo que o ministério foi obrigado a anunciar logo no mesmo dia que se realiza novo exame dia 2 de Julho.

Mas a imagem da seriedade e do rigor de Estado, que é necessária à execução de exames, ficou comprometida. Mesmo antes do dia, o facto de o ministério convocar para vigiarem exames dez vezes mais professores do que os dez mil que normalmente estariam envolvidos, mostra o desespero e a falta de racionalidade com que o Governo agiu perante o problema. Já em relação ao dia, os dados conhecidos falam por si.

Conclusão: o exercício de autoritarismo protagonizado por Nuno Crato redundou em descrédito da autoridade de Estado e na mácula do currículo dos alunos. A greve teve assim apenas um aspecto positivo - a vitória que ela foi para os professores. E neste sentido, ou seja, num sentido social mais amplo, pode dizer-se que esta greve foi uma mais-valia para a sociedade portuguesa e para a democracia.

Isto porque, se o Governo pensou que ia fazer dos professores um exemplo e que ia "quebrar a espinha" ao movimento sindical, a união dos sindicatos e a união com que todos os professores agiram deu uma lição ao Governo sobre como nem tudo é permitido e como há pessoas que não se deixam intimidar pelo medo. A maioria da classe docente, ao mostrar que não se deixava acobardar pela intimidação do Governo, deu uma lição de dignidade e serviu de exemplo a toda a função pública, a todos os trabalhadores, à sociedade portuguesa e à democracia portuguesa. Os professores estão assim de parabéns, pois voltaram a ser uma referência para a sociedade, uma referência contra o autoritarismo e contra o medo.

P.S. - Na sequência da greve, a JSD fez na Assembleia uma pergunta em estilo fascistóide sobre o dinheiro que os sindicatos recebem do Estado. Será que a JSD vai perguntar a seguir sobre o dinheiro que os partidos recebem? Isto porque presume-se que a Jota saiba que os sindicatos são organizações representativas da população tão centrais nas democracias como os partidos.

Jornalista. Escreve ao sábado sao.jose.almeida@publico.pt

21 de junho de 2013

"Professores em luta pela Escola Pública de qualidade para todos, em luta pela democracia"

Intervenção de Rita Rato na Assembleia de República




Senhor Presidente,
Senhores Deputados,

Depois de no passado sábado a resistência e a determinação dos professores ter inundado a Avenida da Liberdade, os professores portugueses realizaram ontem uma jornada de luta histórica em defesa da Escola Pública de Qualidade.
De norte a sul do país milhares de professores estão a construir uma poderosa luta em defesa da Escola Pública de Democrática.
Por isso mesmo, daqui saudamos com uma imensa confiança a luta de todos e cada um dos professores e professoras que perdendo um dia de salário, se organizaram e mobilizaram juntando forças na defesa da Escola Pública de Qualidade para Todos.
Esta greve de 17 de Junho, travada com uma imensa coragem pelos professores portugueses, foi ainda mais importante porque representou uma sólida expressão da unidade dos professores contra um Governo chantagista, irredutível e intransigente.
É curioso que nunca tenhamos ouvido o Ministro Paulo Portas em conferências de imprensa à hora do almoço de Domingo a anunciar o aumento de 2,6% dos manuais escolares, ou a anunciar o fim do passe escolar para os estudantes dos 4 até aos 23 anos; ou a anunciar o fim de terapias e apoios a alunos com necessidades especiais; ou a fazer um balanço do despedimento de 14.500 professores contratados, que tanta falta fazem à Escola Pública.
É também curioso que o Primeiro-Ministro, que se diz agora tão preocupado com os jovens e as suas famílias, não esteja nada preocupado quando força milhares de jovens a abandonar o seu país e a emigrar para fugir à miséria e à fome.
Não é nada curioso, é até bastante revelador que o Presidente da República conhecido pelos seus silêncios ensurdecedores, nunca tenha tido uma palavra a dizer sobre o drama de milhares de alunos forçados a abandonar os estudos, e sobre a justa luta dos professores tenha vindo contribuir para o clima de pressão e chantagem.
Hipocrisia política.
Sr. Presidente,
Sr. Deputados,

Os 95% de adesão à greve das avaliações, a par dos 90% registados no dia de ontem são reveladores da determinação dos professores, e provam que o Governo apenas permitiu o funcionamento de muitas salas de exame, através da adoção de um conjunto de ilegalidades, irregularidades e arbitrariedades.
Sabe bem o Governo que a luta dos professores não é contra os estudantes, é contra a política da Troika, de destruição da Escola Pública de Qualidade, é pela dignidade e respeito que merece e exige a profissão docente.
Podemos mesmo dizer que esta luta é também em defesa dos estudantes e os seus direitos, é pela defesa do seu futuro numa escola que assegure a formação da cultura integral do individuo, numa escola que assegure sempre qualidade do processo ensino/aprendizagem.
A dita preocupação do Governo sobre as consequências de 1 dia de luta dos professores é desmascarada por 365 dias de imposição de medidas de degradação da qualidade do ensino:
•o aumento do número de alunos por turma;
•a criação de mega-agrupamentos que desumaniza os espaços e aumenta a descoordenação pedagógica;
•a reorganização curricular para despedir milhares de professores;
•a exclusão de alunos com necessidades especiais, cortando e retirando apoios materiais e humanos essenciais.
Sr. Presidente,
Sr. Deputados,

A Escola Pública de Qualidade para Todos é uma das mais importantes conquistas de Abril. A Escola Pública é um dos pilares estruturantes do regime democrático.
Não há democracia sem Escola Pública de qualidade, e a degradação da Escola Pública significa a degradação profunda do próprio regime democrático.

Os professores sabem disto. E por isso mesmo, a sua longa jornada de luta não corresponde a nenhum desígnio corporativo. A luta histórica, travada em 2013 no século XXI, pelos professores é uma luta em defesa da democracia.
A luta dos professores portugueses em defesa dos seus direitos é inseparável da luta pela qualidade da Escola Pública; é inseparável da luta corajosa em defesa do próprio regime democrático.
A luta dos professores não é contra os alunos. É contra a política deste Governo e da Troika, em defesa do emprego com direitos contra o desemprego; em defesa da estabilidade e continuidade pedagógica contra a mobilidade especial.
Sr. Presidente, Sr. Deputados,

Os responsáveis pela instabilidade que se vive hoje nas escolas não são os professores, é o Governo e a sua intransigência de despedimento de milhares de professores e de cumprimento do Pacto da Troika.
Apelamos por isso aos professores em especial, mas a todos os trabalhadores, a todos os homens e mulheres deste país a lutar pela demissão do Governo e pela derrota do Pacto da Troika, em defesa dos valores de Abril e do regime democrático.
Disse.

13 de junho de 2013

Lutar, resistir, por uma escola pública...

Os professores, tal como os outros trabalhadores, têm que ser solidários...

Só assim podem vencer os dementes que querem destruir o trabalho com direitos. Sim, que eles não querem destruir o trabalho, algo que sempre houve.

Já no  tempo da escravatura sempre houve muito trabalho, não existiam era direitos.
Os professores do privado não se esqueçam que andam a ser roubados dos "frutos" daquilo que produzem, pois em troca pagam-lhes o caroço...

Mas atenção, não tenham ilusões…

No dia em que retirarem, ainda, mais direitos aos professores da escola pública eles vão sentir consequências dessa retirada de direitos.

Pois estes professores terão, ainda mais, o direito a trabalhar mais por ainda menos…

É necessário lutar… é necessário lutar por uma escola pública de qualidade. No dia em que tal for alcançado podem crer que o corpo docente do ensino público crescerá drasticamente.

O que acabará é a necessidade do estado  financiar os lucros dos  donos dos colégios privados, e etc… e sobrará para todos os docentes e restantes trabalhadores da escola pública serem devidamente compensados pelo seu trabalho.


Assim como sobrará para os meninos terem direito a crescerem, aprenderem e a serem felizes de mãos dadas com todo o corpo docente e não docente, da escola pública…

1 de junho de 2013

Estão a ver o que vocês "arranjaram" ao votar neles???!!

Agora os funcionários públicos... mas que ninguém pense que está a salvo... um país que se afunda até à indignidade e indigência absoluta e sem volta do seu povo.
Quando uma cambada de malfeitores, de gentes sem escrúpulos/ sem ética/ sem moral e sem vergonha se apodera do estado e este deixa de ser um Estado de lei e de direito, deixa de ser um Estado de bem, deixa de ser um Estado de palavra, deixa de ser um Estado de compromissos para com os seus cidadãos...
Ontem foram uns, hoje são outros, amanhã outros mais se seguirão

Lisboa precisa que o todo país marche sobre ela...

Existe trabalho e muito, o que está em causa é entregar tudo aos privados e o povo paga os serviços e os lucros dos accionistas...

Querem destruir os serviços públicos, e o que representa o Estado Social




24 de maio de 2013

Nada de auspicioso se adivinha

Caros colegas

Em virtude da reunião ocorrida na passada semana (sexta-feira) entre o Ministério da Educação e a FENPROF, tenho a transmitir-vos resumidamente as informações que nos foram dadas pelo Ministério (na pessoa do secretário de estado do ensino básico e secundário):

1.ºOs Diretores de Agrupamento vão perder a subvenção que tem usufruído até à data pelo cargo que ocupam, uma vez que a mesma é considerada um suplemento remuneratório. O mesmo também se aplica aos demais funcionários que recebem suplementos;

2.ºOs professores que se encontrarem em horário 0 em setembro passam automaticamente para a mobilidade especial;

3.ºTodas as bonificações previstas no ECD que permitiam aos professores obter progressão mais rápida na carreira terminam;

4.º A equiparação das tabelas remuneratórias dos funcionários públicos e do privado deverão levar a uma redução salarial entre 15 a 20% a aplicar até 2015;

5.ºO aumento de trabalho irá passar de 35 horas para 40h, sendo que nos professores implicará um aumento de 3h na carga letiva, a aplicar a todos os professores, independentemente das reduções que possam beneficiar até ao momento;
O art.º 79.º está previsto acabar, estando a sua extinção ainda em estudo, se deverá ocorrer já em setembro de 2013 ou e setembro de 2014;

6.ºO ECD será revisto e para além das alterações previstas decorrentes do atrás exposto devem também introduzir novos artigos que preveem o despedimento por extinção de lugar, bem como a passagem à situação de mobilidade pessoal.

Dar-vos-ei mas novidades assim que souber, nomeadamente de novas formas de luta, pois cada um de nós não pode esquecer que os Sindicatos não são entidades individuais, mas sim todos nós. E ou agimos ou aceitamos passivamente. A consciência de cada um ditará o que deve fazer.

Com os melhores cumprimentos

De alguém...

12 de maio de 2013

Onde não há Partido



Onde não há Partido - como sucede nos EUA - são os patrões que decidem a agenda e os termos do debate. Expressões como «exploração», «classe» ou «luta» estão banidas do léxico comum. Palavras como «militância» ou «comunismo» estão indelevelmente associadas ao «mal», ao «terrorismo» e às «ditaduras». Porque na língua universal do capitalismo a semântica é um instrumento de opressão e dominação de classe, onde não há Partido Comunista chama-se «cidadania» às contradições insanáveis entre exploradores e explorados, e «comunidade global interdependente» a um mundo saqueado pelo imperialismo e cada dia mais militarizado.
http://www.odiario.info/?p=2861

31 de janeiro de 2013

Greves justas no Metro


Firmeza na luta e mobilização dos utentes
 
Na terceira terça-feira de greve parcial, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa realizaram ainda um plenário, na Praça Luís de Camões, onde aprovaram uma campanha de esclarecimento dos passageiros.
 
«A adesão foi esmagadora, apesar das diversas tentativas da administração de, a todo o custo, colocar comboios a circular», informava a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, ao fim da manhã de anteontem, dando conta do resultado da greve que requereu, mais uma vez, o encerramento das estações até cerca das 10.30 horas.


A Fectrans/CGTP-IN lembrou que os trabalhadores lutam pela negociação colectiva, que não é respeitada, e pelo cumprimento do Acordo de Empresa, mas também por «uma empresa melhor, com um serviço de qualidade e seguro, onde utentes e trabalhadores sejam respeitados por aqueles que são nomeados para administrar, mas que não andam de transporte público, porque têm grandes privilégios, tais como salários elevados (aumentados recentemente), automóvel, despesas com gasolina para uso de serviço e privado, pagamento de telemóvel, motorista, etc.».


A nota de imprensa retomava assim a resposta que tinha sido dada no dia 23, em carta-aberta de quatro organizações sindicais, à missiva que o presidente do conselho de administração enviou ao pessoal no dia 21, véspera da segunda greve de quatro horas. A resposta foi retomada na moção que anteontem sintetizou as conclusões do plenário, proposta igualmente pelo STRUP (da Fectrans) e pelos sindicatos STTM, Sindem e Sitra.


Depois de referirem o contexto em que travam esta luta, os trabalhadores do Metro recordam que o AE foi livremente acordado (em 2009 e revisto em 2010), entre sindicatos e administração, para valer até ao final de 2015.


Desde Dezembro de 2010, por força dos OE de 2011, 2012 e 2013, os trabalhadores estão a ser roubados (congelamento de carreiras e anuidades, «comparticipação solidária» no OE de 2011, roubo dos subsídios de férias e de Natal, em 2012, mais a brutal carga fiscal em 2013, mas também a retirada do direito a transporte dos trabalhadores no activo e reformados).


Apesar destes cortes, a dívida do Metropolitano continuou a aumentar, destacando os trabalhadores que juros e «engenharias financeiras» (contratos swap) custaram à empresa, em 2012, 400 milhões de euros, o que representa mais do que oito anos de salários de todo o pessoal do Metro.


Na moção, exige-se do Governo «o mesmo respeito pela contratação colectiva que tem mostrado pelos contratos assinados com os especuladores que estão a sangrar o nosso povo».


Os trabalhadores declaram-se dispostos a «participar activamente em todas as formas de luta, pela urgente interrupção desta política, a demissão deste Governo e a devolução ao povo do poder de decisão sobre as opções políticas». As organizações representativas ficaram mandatadas para, com as das demais empresas do sector, «promoverem a mais ampla unidade possível, para uma resposta colectiva à ofensiva em curso».


Ficou decidido «dinamizar uma quinzena de esclarecimento e mobilização dos utentes, trazendo-os mais activamente para uma luta que também é sua».


Encontro dia 6

As organizações de trabalhadores do sector de transportes decidiram realizar um «Encontro de representantes dos trabalhadores dos transportes e reformados», em Lisboa, no dia 6 de Fevereiro.
As comissões de trabalhadores da CP, da EMEF, da Refer, da TAP e da Vimeca; a Fectrans e o SNTSF e STRUP, da CGTP-IN; e os sindicatos Fentcop, SFRCI, Sinafe, Sindem, Sinfa, Sinfb, Siofa, Sitra e STTM, reunidos no dia 23, defenderam «uma resposta conjunta» à actual ofensiva.
Entenderam ser «necessário lançar o debate com todas as estruturas representativas e trabalhadores do sector, no sentido da realização de uma jornada de luta comum e convergente, sem prejuízos das lutas em desenvolvimento ou das dinâmicas em cada empresa».

 

29 de janeiro de 2013

Metropolitano de Lisboa


Hoje estava a iniciar a minha viagem sossegada e sem percalços no metro (sossegada e descansada, devido a que estando o metro cheio não corremos o risco de cair, temos sempre um corpo para amparar o nosso), e deparo-me com uma informação, afixada na parede, emitida pelos digníssimos “comandantes” do metropolitano.

Por momentos tive um espasmo cerebral, ao imaginar que a digníssima administração do metropolitano estaria a pedir desculpa por ter sistematicamente as escadas rolantes paradas, por avaria ou por opção própria.

Ou que estariam a informar que iam repor, pelo menos, o numero de metropolitanos a circular nas horas de ponte.

Ou que estariam a pedir desculpa pelo preço que cobram pelas viagens. Que iriam diminuir os privilégios que os membros da administração possuem, assim como o valor dos juros que pagam à banca, para aproximarem o preço das viagens de valores mais justos e em conformidade com os vencimentos que os Portugueses usufruem.

Por fim, disse para mim...

Na... eles estão a agradecer aos trabalhadores do metro pelo excelente trabalho que fazem, e que só devido a isso é que o metropolitano funciona e presta um verdadeiro serviço público, exceptuando o preço que custa, aos trabalhadores portugueses, cada viagem e o passe mensal.

De repente o meu espasmo cerebral terminou, e li a informação...

Informação que pedia desculpa aos utentes pelas sucessivas greves que têm afectado o serviço; Greves essas, segundo estes “patrões”, que eram culpa dos sindicatos que com estes actos queriam destruir o excelente serviço que prestam (deviam estar-se a referir ao trabalho dos administradores, pois se querem roubar os trabalhadores é porque eles não merecem o que ganham).

Enfim...

Estes Senhores deviam explicar aos utentes deste serviço público,

porque é que temos idosos, pessoas grávidas e pessoas com crianças ao colo, a subirem dezenas de degraus...

porque temos das viagens mais caras, na Europa...

porque pagam em juros, por volta do triplo do que pagam em salários aos trabalhadores do metro...

porque as sucessivas administrações, nomeadas pelos sucessivos governos PS, PSD e CDS têm gasto milhões em obras, que poderiam ser feitas com milhares...

porque...

Trabalhadores do metropolitano,

por mim podem e devem continuar a vossa luta contra os roubos que vos têm feito, e que querem continuar a fazer...

Por mim,

não me importo de andar a pé, em solidariedade com a vossa luta.
Não vou gastar parte do meu salário, diário, para apanhar um táxi... quando chegar cheguei...

Não liguem àqueles revoltados que falam, falam... e estão sempre dispostos a servirem de capachos aos patrões... que não têm “disponibilidade financeira para fazerem greves”, mas que têm para gastar em táxis para irem trabalhar...

Não liguem...

Pois estamos, como estamos... porque muitos destes apologistas da “critica burrica” votaram e colaboraram para estes sucessivos governos que têm roubado os nossos direitos...

Muitos destes andam de fato e gravata, mas os filhos passam fome por terem pais cobardes, que abdicaram de lutar pelos seus direitos...

Boa luta...
que eu vou entretendo-me a passear na nossa Lisboa, enquanto dirijo-me para o trabalho.

28 de julho de 2012

25 de Julho de 2012, Recepção a Pedro Passos Coelho em Cantanhede

Existem várias formas de gerir uma pseudo democracia, a qual para continuar deve manter e aumentar as ilusões e o desconhecimento das realidades, entre um povo. 

A comunicação social é essencial para gerir este caminho; 

Por este e outros motivos que se encontram dentro do mesmo patamar de criminologia é que a comunicação social não faz reportagens sérias e com conteúdo do que está, verdadeiramente, em causa. 

Se assim fosse, seria um perigo para a gestão da criminologia entre os iludidos; 
E ai nem os cães polícias podiam proteger governos agiotas, que matam o povo para manter e acrescentar a fortuna de meia dúzia. 

Só com o trabalho, e dedicação de quem tem consciência é que podemos ter acesso à realidade, e aos lutadores que não baixam os braços.


Lutadores que se mantém firmes numa lutam que é para todos.
Mesmo para os que ainda se mantêm iludidos…

Obrigado, camaradas de luta...


 

18 de junho de 2011

Creches ilegais


A SIC transmitiu há dias uma reportagem chocante sobre maus-tratos a crianças por parte de uma ama ilegal em Lisboa.

A reportagem, baseada em imagens gravadas pelo telemóvel do vizinho da frente e por uma câmara oculta da SIC, gerou natural indignação e uma discussão mais ou menos académica sobre a legitimidade da divulgação deste tipo de imagens.

A generalidade dos comentários passaram no entanto à margem da questão essencial:

A razão pela qual os pais destas 14 crianças as entregaram aos «cuidados» desta «ama». Aliás, a comunicação social divulgou a propósito a informação de que um terço das crianças portuguesas estão em creches ilegais.

Na raiz desta realidade está a evidente falta de uma rede pública de creches que responda às necessidades das crianças e das suas famílias. Estas são demasiadas vezes confrontadas com dificuldades dramáticas para arranjar vaga em instituições com mensalidades que os orçamentos familiares comportem, perto de casa ou do emprego dos pais.

Em tempos em que se choram lágrimas de crocodilo pela baixa taxa de natalidade dos portugueses, seria justo reconhecer igualmente que ter onde deixar as crianças em condições de segurança e em locais pedagogicamente adequados seria um importante contributo para que mais casais decidissem ter mais filhos.

A ama ilegal da reportagem da SIC afirmava ainda, promovendo os seus serviços, que os pais podiam deixar as crianças das 10 às 3 da manhã na «creche». E isto levanta outra questão, brutal:

Os efeitos nas crianças, nas suas condições de vida, na saúde e no seu desenvolvimento integral, da desregulação dos horários de trabalho do seu agregado familiar e do aumento dos níveis de exploração a que os SEUS PAIS estão sujeitos.

As medidas que o acordo da troika estrangeira com a troika portuguesa prevê na área dos direitos laborais e das condições de vida em geral das famílias, a serem aplicadas, só serviriam para empurrar ainda mais crianças para situações de pobreza, risco e exclusão.

De alguém, que não sei quem...

14 de maio de 2011

Mudança precisa-se…


A sociedade actual habituou-se a conviver com as injustiças e a miséria, fazendo destes condicionalismos uma forma de vida.

Para as condições de vida do povo Português e do resto do mundo mudarem, primeiro é preciso que haja uma mudança de mentalidade e de valores, das pessoas que constituem essas sociedades.

O povo gosta de apelar à solidariedade, falar sobre as mais diversificadas injustiças mas quando chega a sua vez de intervir na construção de algo para um colectivo e em prol de um objectivo, arranjam as mais diversificadas desculpas esfarrapadas para não darem corpo ao manifesto.

A generalidade das pessoas está despida de valores e de vontade…

Diariamente falam, falam de algo que se atravessou no seu caminho e dão a sua opinião… até aqui tudo bem, o problema é quando urge dar soluções.
As soluções avançadas são por norma algo que já fracassou, no entanto e após serem confrontadas com o fracasso dessas soluções a forma de limparem a sua consciência pelas opções tomadas é resignarem-se à existência de tais injustiças, como sendo um mal comum e que não existe volta a dar.

Confrontadas com outras alternativas, que não são as que o sistema implementado apregoa, este tipo de pessoas blindam-se contra tais alternativas usando frases feitas, sem qualquer conteúdo científico ou intelectual, para não terem que concordar e lutar por algo que vai contra o sistema implementado.

Este tipo de pessoas falam e opinam sobre tudo, mas no momento de apontarem responsabilidades nunca fazem uma introspectiva pessoal, nem analisam as decisões que tomaram ao longo dos tempos… consequentemente não relacionam os resultados e as consequências, com as opções que tomaram.
Normalmente generalizam as causas e consequências para não perturbarem a sua própria consciência…

São este tipo de pessoas que “badalam aos sete ventos” que não votam, e que os políticos são todos iguais…
Este tipo de pessoas não tem consciência para se sindicalizarem, nem para participarem activamente nas organizações dos trabalhadores.

Mas quando algo corre mal “apontam logo o dedo” aos sindicatos e comissões de trabalhadores, não querendo assumir que a culpa, também, é deles próprios; Nem estão interessados em perceber que os sindicatos e comissões de trabalhadores não valem nada só por si.

As comissões de trabalhadores e sindicatos podem estar, e devem, ao lado dos trabalhadores; Mas não substituem os trabalhadores.

No entanto, estes pseudo individualistas não renegam, nem abdicam dos direitos alcançados; Que foram conseguidos com muita luta e sacrifícios dos trabalhadores, junto com os seus sindicatos de classe.

Os sindicatos só existem porque os trabalhadores sindicalizados contribuem financeiramente, para que a sua existência seja possível…

Em conclusão:

Aqueles, que anteriormente falei, além de nada contribuírem para a existência de direitos; Ainda usufruem de direitos para os quais não contribuíram, nem contribuem, vivendo deste modo à custa dos seus colegas sindicalizados, colegas esses que ainda são criticados por eles…

Enfim…

Só com a mudança de mentalidades podemos lutar, de igual para igual, com os agiotas que todos os dias atacam os direitos dos trabalhadores; E que possuem determinados pobres de espírito como seus aliados…

5 de maio de 2011

Vida terrena...


Enquanto as populações passam necessidades, os representantes dos interesses de meia dúzia endividam, ainda mais, as câmaras para comprarem estádios e para satisfazerem os interesses de uma minoria que têm como único objectivo acumular riqueza e ceder o pagamento dos “danos”ao estado.

Não existe dinheiro para a saúde, educação, nem para sermos solidários nos momentos de necessidade, de quem precisa. Mas quando é necessário salvar o negócio de alguém, lá vem um “pau mandado” roubar às populações para proteger os interesses do “pau mandante”.

Todos nós sabemos que o futebol, junto com a religião é o ópio do povo, por muito que custe a muitos “crentes” aceitar tal facto.

Mas gostar de futebol ou ser religioso não é o problema, o problema é quando o futebol e a religião se tornam em algo que sobrepõem-se aos interesses da nossa casa, família, colegas de trabalho, e vizinhos, etc...

No que respeita ao futebol, durante 90 minutos podemos esquecer o que nos rodeia, agora não se compreende que passem uma semana a falar do mesmo jogo, das supostas grandes penalidades que não foram assinaladas, da suposta falta que não foi marcada, da suposta falta marcada que não era falta… enfim o povo sente-se arbitro, treinador e jogador durante toda a semana, mesmo quando nunca leu o livro das leis do jogo e das “tácticas”…

Mas ouvem e vêm com muita atenção os programas dos “fazedores de opinião” , fazedores pagos a “peso de ouro” para falarem do que, na maioria das vezes, não percebem e simplesmente tiram a camisa do clube da gaveta para irem doutrinar nos programas que a comunicação social “oferece” aos árbitros, treinadores e jogadores de bancada… mas de alguma forma conseguem boas audiências, assim como somos o único pais que edita diariamente três jornais desportivos…

O sistema agradece, pois enquanto o povo anda entretido com discussões futebolísticas, não ganham sensibilidade para os problemas económicos e sociais que alastram pelo Pais… já era assim no tempo do fascismo…

A religião nunca fez mal a ninguém, antes pelo contrário… se os crentes lerem e entenderem a base da sua religião que são as “escrituras sagradas”, e usarem o seu poder de entendimento e raciocínio irão perceber que as estruturas impostas, monarquicamente, nas suas igrejas não respeitam o ser humano.

Essas estruturas subjugam-se ao poder financeiro, convivendo diariamente com estes e subjugados a eles.
Restando para os verdadeiros crentes, somente a fé…

Enquanto as monarquias religiosas instaladas, em harmonioso convívio com o poder financeiro, vão adormecendo os seus crentes no mundo terreno, dando como caminho o sofrimento na terra, para a paz no céu; Os “monarcas” instalados usam o poder da igreja para terem papel activo na sociedade, não na defesa do povo, mas sim na defesa de grupos que se propagam em todas as estruturas estatais e privadas. Grupos esses que alcançam benefícios para meia dúzia…

Restando para os crentes de fé, umas migalhas que vão distribuindo através da “sopa dos pobres”…

Não interessa a estes “monarcas” a transformação da sociedade, numa sociedade mais justa… onde os rendimentos sejam distribuídos com justiça, e que remunere o trabalho com o seu devido valor. Não lhes interessa ter um sistema social, no qual os doentes e desempregados, tenham com que contar nos momentos difíceis e nos quais mais precisam. Não lhes interessa ter um sistema de educação com o qual “os Homens de amanhã” possam contar, para serem formados intelectualmente e socialmente, a fim de estarem preparados para fazer parte e construir uma sociedade na qual a solidariedade e progresso sejam uma constante.

Antes pelo contrário, interessa-lhes o poder económico e financeiro, para tal como nas monarquias, de modo a ser distribuído entre o “rei, clero e nobreza”, restando ao povo a fé… e umas instituições que vão dando caridade, caridade essa paga pelo estado, com o cognome de solidariedade prestada pelas diversas instituições religiosas.

Em conclusão:

No dia que os crentes do desporto e da religião, ganharem consciência da sua condição e da situação, e na que a maioria da sociedade se encontra… continuaram crentes, mas vão optar por um caminho que vá de encontro ao bem-estar da sociedade em geral, e não de meia dúzia…

Após acabar o jogo, vão usar as suas forças e espírito de colectivo para intervirem na sociedade de forma a mudar o rumo da distribuição da riqueza, e deste modo formaram um clube muito maior… não do fanatismo, mas o clube da verdadeira solidariedade para com a sua família, vizinhos, colegas de trabalho… um clube que vai defender o direito ao trabalho, com direitos e consequentemente uma maior distribuição da riqueza.

Chegará o dia em que os trabalhadores olharão para os seus sindicatos de classe, e irão ver organizações que são essenciais na evolução da sociedade com direitos…

Será o dia em que compreendem,

Organizados têm muita força, enquanto sozinhos resta-lhes curvarem-se perante o patronato e os interesses financeiros de meia dúzia, e rezarem para que o sistema implementado não lhes roubem muito desta vez, e que deixem qualquer coisinha para roubarem na próxima…

25 de abril de 2011

Manipulação de consciências, instituída democraticamente…


A situação actual do Pais, vem sendo construída ano após ano…

A actualidade é a consequência dos caminhos escolhidos, nessa construção…

Ao longo dos tempos o poder económico (agiotas) tem dado preferência aos investimentos na especulação financeira, em vez de investir na produção nacional…

Para atingirem o caminho actual, os agiotas servem-se da classe política amigável para tais intentos (PS, PSD e CDS); Políticos que têm como únicos objectivos sobreviverem no antro em que podem usufruir benesses e condições para se manterem à frente dos destinos dos Portugueses.

Estes políticos, que são pessoas e não uma entidade sem rosto, são convidados para a mesa dos agiotas onde recebem a doutrina que devem implementar; Doutrina que pode ser implementada de diversas formas, desde que os objectivos sejam alcançados.

Por isso é que o PS, PSD e CDS com diálogos diferentes, e com apócrifos confrontos entre eles (diferem no modo e não na essência), chegam sempre ao mesmo objectivo… objectivo que favorece o poder económico dos agiotas e rouba o direito de viver aos trabalhadores, impondo-lhes que se limitem a sobreviverem.

Esta situação numa sociedade de verdadeira democracia já tinha sido alterada…

Se numa verdadeira democracia é o partido que possui mais votos, obtidos de pessoas conscientes, que ganha e que governa o Pais… o povo há muito tempo que tinha expulsado a corja, da condução dos destinos deste País.

A classe social (trabalhadores) que sofre com as actuais políticas é constituída pela larga maioria do Povo Português, e a classe social (poder económico) que é em muito beneficiada com estas políticas é constituída por meia de dúzia de indivíduos, enquanto uns milhares ganham umas migalhas devido à vassalagem que prestam a este poder económico instituído.

Então porque é que os servidores desta politica (PS, PSD e CDS) económica e social ganham sistematicamente o mandato para prosseguirem com este tipo de políticas?

O poder económico não é ingénuo, ao mesmo tempo que sustenta a sua representatividade política, para impor democraticamente as politicas que sustentam a sua acumulação de capital, mandatam os seus rostos para bloquearem a consciencialização dos trabalhadores.

Este bloqueio é feito de diversas formas…

Mas a mais eficaz é através da comunicação social comunicação social, que é detida por meia dúzia de “ilusionistas”, na qual fazem da notícia e da opinião um meio de desinformação.

As notícias que podem fazer interagirem racionalmente (telespectador/ouvinte/ leitor), fazendo juízo dos valores que estão em causa, e consequentemente formularem opiniões objectivas sobre algo que questiona o sistema implementado… não passam, ou passam sorrateiramente fazendo vincar uma opinião pseudo jornalística que baralha o raciocínio objectivo do que está em questão.

Quanto aos “opinadores”, mais conhecidos como comentaristas, são escolhidos a “dedo”… estes opinadores são ilustres pessoas que estão comprometidos com os poderes instituídos, e que dependem dos agiotas, instituíram o sistema implementado.

Estes opinadores, também, jogam o jogo da confusão, pois uns dizem mal do PS, outros do PSD/CDS… mas o poder económico não se chateia de que digam mal, desde que defendam os objectivos definidos e os quais querem alcançar.

O poder económico usa estes políticos e depois substitui-os por novas caras, mas obedientes… enquanto o poder dos agiotas mantém-se…

Por este motivo é que estes opinadores além dos objectivos, têm outra coisa em comum que é a proveniência dos seus rendimentos…

Com muitas raras excepções, raríssimas aliás, nos debates e espaços de opinião estão pessoas com consciência de esquerda. Não estou a referir-me ao socialismo amarelo…

Existe um exemplo gritante, no que diz respeito à comunicação social:

Penso que todos se lembram da manifestação “a rasca”, esta manifestação foi alvo de notícias durante semanas, antes e depois. Todas as televisões deram em directo esta manifestação, nomeadamente a RTPN, SICN e TVI24.

Podíamos perguntar, e então?

Esta manifestação não apresentava reivindicações concretas, não apontava responsáveis na crise e nos problemas dos trabalhadores e suas famílias… resumindo, era tudo” obra e graça do espírito santo”.

Logo podiam dar destaque a este movimento, pois não punha em causa os rostos e os ideólogos desta politica social e económica. Assim sendo, dava para distrair o Zé povinho e não magoava ninguém…

Na semana seguinte houve uma manifestação dos trabalhadores, manifestação essa que quase não se ouviu falar, nem antes nem depois…

Podíamos perguntar porquê?

Porque havia reivindicações concretas e com a identificação dos responsáveis… Havia propostas para demonstrar que podem existir políticas diferentes, politicas que não pediam sacrifícios aos já sacrificados, mas pediam que os responsáveis por esta crise sejam responsáveis no pagamento da mesma.

É devido a estas situações e outras que os trabalhadores andam baralhados, e em vez de elegerem quem defende os seus direitos, elegem os “vendedores da banha da cobra” que diariamente providenciam pelo roubo dos direitos dos trabalhadores, para ajudarem os seus “patrões” a acumularem, cada vez mais, riqueza… em troca de uns tachos, e “exposição” social…

Agora cabe aos trabalhadores acordarem, pensar e reflectir… para que deixem de ser a moeda de troca, na acumulação de riqueza dos agiotas…

22 de abril de 2011

A IGNORÂNCIA E A AMBIÇÃO É UMA CONDICIONANTE DA EVOLUÇÃO SOCIAL E ECONÓMICA?

Uns por ignorância, falta de consciência, estupidez, por terem abdicado da sua faculdade de raciocinar…, outros, pelo interesse de continuarem a encher os seus bolsos (alguns que não têm enchido os seus bolsos, mas têm apostado na vassalagem com o objectivo de um dia poderem lucrar, com essa mesma vassalagem);


Dizem e escrevem “pensamentos” e “chavões” contra tudo o que pode perturbar o sistema que nos está imposto, estas linhas são um pequeno exemplo:


“E deixarmos de viver no passado?! Deviamos de ter vergonha de passados 37 anos termos um país miserável! O país em que as pessoas não têm confiança!
Deixemo-nos de manifestações e começemos a trabalhar juntos para um país melhor!”


O que querem quando afirmam algo que só possui substancia para a manutenção da pobreza e das desigualdades sociais e económicas existentes no nosso País?


Mas não temos andado a trabalhar?


O problema é que o "fruto" do nosso trabalho não tem sido aplicado na melhoria da situação social e económica do País. Mas sim para encher os bolsos a meia dúzia de famílias, enquanto milhões têm vivido com grandes necessidades e fome.


Quem tem apoiado este tipo de políticas, são aqueles que tudo davam para não haver manifestações, onde demonstramos o nosso desagrado pelas políticas existentes, e vontade na mudança destas políticas.


Quanto ao 25 de Abril, convém lembrar que o 25 de Abril não existiu para que os filhos e sobrinhos das famílias que no regime fascista enchiam a barriga, à custa da miséria de outros, mantenham-se a encher os bolsos e a barriga
à custa de quem trabalha, enquanto os trabalhadores estão na miséria.


Eu sei que se calhar preferia continuar a ouvir a comunicação social, que pertence aos filhos e sobrinhos das ditas famílias, a dizer que é inevitável, que os trabalhadores são uns malandros e não trabalha, etc… e que tudo andasse na Paz do Anjos, enquanto os trabalhadores são massacrados, no seu dia a dia…


Mas tenho pena…


Todos os trabalhadores que vivem o seu dia-a-dia a serem alvos de injustiças, mas que ainda não ganharam consciência da sua condição e de que existe um caminho diferente, podem ver através das manifestações de que não estão sozinhos, e que existe muito mais para além do que a comunicação social passa, no sentido de doutrinarem o Povo Português… apontando o caminho da escravatura, como o caminho certo e único.

12 de agosto de 2010

Existe algo que está aqui ao contrário…



Quando se defende e reivindica-se para que os médicos possam passar na privada exames comparticipados, existe algo que está aqui ao contrário…
O que se devia reivindicar era o direito a ter-se assistência médica publica para todos, e quando é preciso.
Devia-se exigir que houvesse condições nos hospitais públicos, nos postos de saúde, etc… para terem médicos suficientes, e pagos devidamente para os Portugueses possuírem condições de acesso a um bem fundamental que é a saúde…
Quando se diz que os hospitais públicos gastam mais meios do estado, do que meter os Portugueses a recorrerem aos ditos hospitais semi-públicos e privados, é uma burla…
Basta ver os subsídios que o estado paga a esses hospitais, basta ver o que o estado paga de contribuições a esses hospitais pelo atendimento dos Portugueses, basta ver o que a ADSE paga a esses hospitais, e muito mais…
Por algum motivo, quando os hospitais, clínicas e outros privados não possuem acordos com o estado, estão às moscas… Ou seja existem privados, mas só existe porque o estado paga para eles existirem, e bem…
Vejamos a ADSE, porque é que um utente da ADSE se for a um privado paga uma média de € 3,00 por consulta, mas se esse mesmo utente for a uma consulta de um hospital público paga € 6,00? É mesmo para afugentar estes e outros utentes para o privado…
O que se deve exigir é meios para os utentes serem tratados devidamente, nos hospitais públicos… pois o estado poupa muito dinheiro.
O que se está a passar é deixar a “casa a apodrecer” para depois acabar com ela dizendo que não existem condições de habitabilidade.
Por algum motivo, quando alguém entra com alguma doença grave em um “hospital privado”, a seguir é logo transferido para um publico… pois as capacidades de tratamento são muito mais eficazes e tratamentos caros “nos hospitais privados” é para esquecer… pois estes existem para ganhar dinheiro, e não para “obra social”.
Se acabarem os hospitais públicos, para onde enviam estes doentes? Para o cemitério de certeza…

30 de abril de 2010

“Quem luta nem sempre ganha, quem não luta perde sempre”

São muitos que dizem que vale a pena lutar contra a retirada dos direitos, que foram conquistados com muita luta e sangue.
São muitos que lutam, diariamente, para manterem os direitos de todos os trabalhadores…
Sim, de todos os trabalhadores… e não só os direitos de quem luta por eles.
Mas para que os trabalhadores tenham sucesso na luta pelos seus direitos,
é necessário que todos aqueles que acreditam que vale a pena lutar, mas não lutam;
é necessário que todos aqueles que dizem que não vale a pena lutar….
Se juntem para lutarem, efectivamente, pelos seus direitos…
Só deste modo é que podemos tornar o trabalho mais justo, e obter justiça na distribuição da riqueza produzida,
é necessária e urgente.
Por tudo isto, e muito mais, é necessário participar na manifestação do 1º Maio, que se vai realizar no Martim Moniz, às 14h30m.




31 de janeiro de 2010

A ESCRAVATURA CADA VEZ ESTÁ MAIS BARATA…

Estamos sempre em crise e o antídoto para acabar com a crise é sempre do mesmo, o ingrediente principal é reduzir os direitos de quem trabalha.
Começam por retirar direitos a quem entra na profissão, depois vêm os outros por “atacado”, pois eles sabem que é mais fácil atacar os mais frágeis, partindo do principio que os outros não se importam…
Durante estes anos, de uma forma ou de outra, esta estratégia tem resultado, pois quem pode desequilibrar os pratos da balança, muitas vezes, esconde a cabeça na areia.
Mas isto tem que acabar e tem tendência para acabar; Aqueles que tinham alguns direitos têm visto, através da experiência, que são roubados frequentemente e que só através da solidariedade é que nos podemos defender, contra a usurpação dos poucos direitos que temos, em benefício daqueles que já muito possuem e que cada vez acumula mais.
Todos já sabemos que querem dar cabo de tudo o que de publico existe, em beneficio de negócios lucrativos.
A saúde é um caso alarmante, têm semi-privatizado (para privatizarem posteriormente) os serviços de saúde, com a desculpa que o Estado poupa dinheiro, mas é mentira…
Basta comparar os subsídios, e outras verbas dadas pelo estado, para os hospitais de gestão privada, e comparar com o que estes mesmos hospitais custavam anteriormente ao estado, quando eram completamente públicos.
Mas voltando aos direitos, o patrão (Estado, ou privado) têm sempre a resolução para diminuir despesas, essa solução é sempre retirar aos trabalhadores; Não existe interesse em diminuir os lucros ou os subsídios que o estado atribui aos que nada produzem, como as empresas em que os empresários limitam-se a receber os lucros, pois têm subsídios e terrenos para instalar as empresas, descontos na segurança social (à conta das nossas reformas), etc… e quando as empresas dão menos lucro, é vê-los a fechar, não se importando com os seus “colaboradores”, pois a conta do banco é que interessa.
Mas isto não acontece com todas as empresas, pois até para se ser patrão é preciso ter uns bons padrinhos…
É necessário dar valor a quem trabalha, é quem trabalha que constrói os serviços e as empresas, pois sem trabalhadores não existem empresas que produzam, só existem empresas que especulem.
Os enfermeiros são pessoas que muito trabalham, e muito ajudam, e que estão presentes nos piores momentos. Mas para alguém ter condições de outros ajudarem, também precisam ter condições para viver.
Basta de politicas de roubar direitos, dêem valor a quem o tem…
Querem cortar na despesa e aumentar na receita?
Basta irem pedir a quem mais tem, e existem muitos por ai… e deixarem de dar a quem tem…
(Não estou a falar dos subsídios de emprego e outros equivalentes, pois essa discussão não serve mais do que para distrair do essencial. Ponham a inspecção a funcionar, criem mais postos de trabalho… mas ai seria contra produtivo para aqueles que exploram quem trabalha).


ANTIGAMENTE O PATRÃO TINHA ESCRAVOS E PRECISAVA DE TER SEZALAS, ALIMENTAR OS ESCRAVOS E EM CASO DE DOENÇA NÃO PODIAM CONTAR COM ELE…

AGORA O PATRÃO TEM ESCRAVOS E NÃO PRECISA DE SEZALAS, BASTA DAR UM SUBSIDIO, O SUFICIENTE PARA O TRABALHADOR NÃO MORRER À FOME E PODER VOLTAR NO OUTRO DIA PARA TRABALHAR. SE O ESCRAVO ADOEÇER, VEM OUTRO SUBSTITUIR… E PODE IR MORRER BEM LONGE…

A ESCRAVATURA CADA VEZ ESTÁ MAIS BARATA…

É PRECISO LUTAR… PELOS NOSSOS DIREITOS…