30 de dezembro de 2009

Banco Privado Português (BPP)

Perante os acontecimentos que têm sido apresentados através da comunicação social, devemos questionar-nos se o Estado, ou seja nós todos, deve financiar os prejuízos da banca, criados pelos banqueiros.
Existe legislação para proteger os depósitos bancários com a qual concordo e que é necessária para salvaguardar os depósitos efectuados, até determinado montante; O problema é não estar legislado, devidamente, a forma de responsabilização de quem teve responsabilidade pela criação desta necessidade.
O que está a passar-se com estes clientes do BPP é que querem que o estado arque com o prejuízo de algo para o qual não contribuiu (excepto a falta de fiscalização e de leis que proíbam a especulação, o que acontece com o capital; assim como deixar e pactuar com a forma como sector financeiro funciona, deixando que este empreste e faça negócios com dinheiro que não possui e ainda que os banqueiros, e os seus vassalos, saiam ilesos de todos os “actos criminosos” cometidos em prol de lucro, em cima de lucros), pois quem até aqui ganhou com esta forma de especulação, camuflados de depósitos, foram os banqueiros e os agora reclamantes clientes. Clientes esses que quando tinham retornos sobre o seu capital, através de juros acima do “normal”, não questionavam como era possível… alguma coisa sabiam; alguns até chamariam de parvos aqueles que depositavam o seu “porquinho” em depósitos a prazo, com taxa de juro muito abaixo do que eles usufruíam.
Devem concordar que não será justo para os tais parvos, para além de receberem juros muito inferiores, terem que contribuir para pagar aos clientes do BPP os seus ditos depósitos.
Se assim for, todos aqueles que perderam o seu dinheiro com a D. Branca deverão, também, reclamar que o estado devolva-lhes essas quantias, pois não deverá existir diferenciação na forma em que aplicaram o seu dinheiro… não existem ilegalidades mais legais do que outras.
Quem quer investir no que entenda, deve investir… não pode é depois reclamar perante outros, das más opções que tomaram e quererem que exista um seguro para os salvaguardar das suas próprias decisões, os seguros também se pagam… por isso é que uns têm um retorno menor do que outros sobre o mesmo capital, mas é só até um dia claro.
Por fim, existe algo que não compreendo…
Porque é que estes clientes não reclamam para que haja punição sobre aqueles que geriram o dinheiro que lhes foi entregue por estes clientes do BPP, e que provocaram este “desastre”?
Não deviam reclamar por punições (criminal e civil)?
Pois parece que os bens dos verdadeiros responsáveis mantêm-se de boa saúde e recomendáveis.

Afinal eram outros



Jornal de Notícias
2009-12-23

A notícia vinha no JN e o título era prometedor: "MP acusa 59 por crimes de escravidão". De repente, a minha confiança na Justiça trepou por aí acima até ao deslumbramento. À segunda linha, porém, a frustração foi total. Afinal tratava-se de angariação de trabalhadores portugueses para quintas em Espanha - onde, pelos vistos, eram tratados como os "angariados do "Amistad" - e não de 59 patrões de hipermercados, que são boa e respeitável gente, que se limita a aplicar o novo Código do Trabalho com o louvável objectivo de "manter a estabilidade das empresas e os postos de trabalho" e não, como poderia pensar-se, por ganância. É assim que, em nome da ética empresarial e da responsabilidade social das empresas, pretendem aumentar o horário de trabalho dos seus trabalhadores de 40 para 60 horas por semana (qualquer coisa como 10 ou 12 horas por dia, conforme tenham um ou dois dias de folga), a troco de uns mais que generosos 470 euros por mês, isto é, quase 2 euros por hora. E não é que os trabalhadores, mais dados a coisas comezinhas como comer e vestir do que a questões éticas, não querem aceitar?

25 de dezembro de 2009

Natal


Hoje é dia de Natal.

O jornal fala dos pobres

em letras grandes e pretas,

traz versos e historietas

e desenhos bonitinhos,

e traz retratos também

dos bodos, bodos e bodos,

em casa de gente bem.
Hoje é dia de Natal.
- Mas quando será de todos?

Sidónio Muralha

19 de dezembro de 2009

DOENTE MENTAL OU CRIMINOSO?

Cada vez mais as empresas desinvestem na qualidade dos serviços prestados, limitando-se em apostar na exploração da mão-de-obra; Quanto mais melhor.
O trabalho de outsourcing é um exemplo, em que as empresas em vez de apostar em trabalhadores da empresa, trabalhadores esses que vão acumulando conhecimento ao longo dos anos e que compreendem, melhor do que ninguém, as necessidades inerentes a sua empresa perante o cliente, possuindo meios e conhecimentos para as satisfazer.
O outsourcing limita-se a usar mão-de-obra temporária e escravizada, sem direitos, para prestar serviço a determinada empresa, serviço que não domina e que é limitado a uns manuais teóricos que “debitam” as respostas a dar, sem compreenderem o que estão a fazer, nem a falar.
Mas esta é a ideologia do capital, não interessa a empresa ter alicerces sólidos, interessa é que os números sejam grandes e positivos;
Não importando se actualmente estão a hipotecar o futuro da empresa, pois é fácil fechar uma empresa e abrir outra logo a seguir, limpa de maus activos e o mais certo com a ajuda do estado, ajudas essas que resultam das contribuições dos trabalhadores, muitos despedidos por este tipo de forma de estar na vida.
Forma essa que deveria ser criminalizada, pois quem usa estes expedientes para enriquecer e dar cabo da vida de quem trabalha, que só possui a força do seu trabalho para viver, ou é doente mental ou é criminoso.


2 de dezembro de 2009

NOITE DE GLAMOUR VINTAGE NO ALBURRICA BAR – BARREIRO


*** NOITE DE GLAMOUR VINTAGE NO ALBURRICA BAR – BARREIRO *** 05/DEZ/2009 *** 24H *** ENTRADA LIVRE ***

 

O glamour de outros tempos do Cais Sodré Cabaret! encontra o seu parceiro ideal no Alburrica Bar, o bar mais vintage (e um dos mais antigos) do Barreiro.

No dia 5 de Dezembro, a partir das 24h, o Alburrica Bar descobre a sua verdadeira essência ao associar-se ao Cais Sodré Cabaret! numa festa diferente que não deixará ninguém indiferente. A partir das 24h ecoará o som retro-vintage dos dj’s cabaretianos, Señorita Scarlett e Carlos Deluxe, que nos transportarão numa viagem musical a outros tempos e a outras paragens, através da sua refinada selecção musical, extraída das melhores castas das melhores décadas do sec. XX: o swing dos anos 30 e 40, o rock’n’roll dos anos 50, a surf music dos anos 60, passando pelos exóticos ritmos do mambo, do yé-yé português e pela ambiência strip lounge  de Las Vegas

O culminar da noite será a actuação de três bailarinas, das mais glamourosas do Cais Sodré Cabaret!: a ingenuidade perversa de Lady Myosotis, a estonteante Jo Jo Boogie e Señorita Scarlett, a mulher com o diabo no corpo, dançarão, cantarão e encantarão todos os que ali acorrerem.

Uma noite a não perder.

 

CAIS SODRÉ CABARET!

NEGOCIOS DE BANQUETE...

1 de dezembro de 2009

"tromp oeil"


"tromp oeil" é uma palavra francesa que significa enganar a vista.

É uma técnica de pintura em que se usa muito a perspectiva procurando criar um efeito de realismo. Se for bem feita muitas vezes a imagem pintada passa como real adquirindo a terceira dimensão, mas é só pintura numa tela plana.

Se procurarem imagens na Internet, há muitos exemplos de Tromp l'Oeil.

Em várias cidades os arquitectos e os artistas juntaram-se para fazer esses painéis com resultados impressionantes. Paris tem muitos. Um muro feio ou a lateral de um edifício podem adquirir "vida real" pela simples pintura.

 Muitas vezes olha-se para um prédio em Paris, vê-se pessoas nas janelas e passamos sem perceber, de tal maneira, que tudo aquilo está integrado na paisagem. É tudo pintura feita para enganar. Sentimo-nos
melhor sem perceber!

Os murais de Sherbrooke, em França, são belíssimos exemplos.

TUDO VALE... O FIM É QUE IMPORTA...


O poder económico através dos seus lacaios arranjam formas de explorar, cada vez mais, quem trabalha e que só tem a sua força de trabalho para vender.

O poder económico tem poder financeiro para ter a trabalhar para si grupos de criminosos, que na nossa época possuem um nome mais pomposo, são os ditos lobbies.

Servem-se destes indivíduos para influenciarem na aprovação de leis que lhes são favoráveis para prosseguirem com a exploração, e para obterem esta exploração basta terem estes malfeitores sobre a sua alçada, meia dúzia de capangas que fazem o papel destes dentro das empresas e dinheiro, dinheiro esses que muitas vezes não existe é simplesmente virtual, mas que vai fazer render muito dinheiro verdadeiro à custa daqueles que só possuem o seu trabalho para sobreviverem e que sujeitam-se à exploração para poderem ter um pouco para alimentarem os seus filhos.

Os criminosos contratados pelo poder económico, e que chamam-se lobbies, exercem a sua influência e o poder daqueles que os contrataram junto de vários sectores, entre eles no mundo sindical e que contratam os amarelos para enganarem os trabalhadores que ainda acreditam neles.

Por algum motivo formam-se sindicatos e centrais sindicais para combaterem outras e dividirem, de forma a distrair os distraídos e cortar o raciocínio daqueles que tinham potência para raciocinar, mesmo que ainda não o tivessem feito.

Estes criminosos e camaradas de crime nem precisam de ser inteligentes, pois a esperteza basta para vender direitos, sendo que não necessitam de prestar contas… até um dia claro!!!

Vejamos a seguinte anedota, demonstra de forma irónica o diálogo e o pensamento destes criminosos…

Um burguês vai a uma churrasqueira e pede ao empregado que embrulhe dois frangos.
Enquanto o empregado embrulha os frangos, repara numas belas codornizes e pergunta ao empregado se pode trocar os 2 frangos por 4 codornizes, ao que o empregado responde:
 

- Claro que sim.
Depois de embrulhadas as codornizes e entregues ao burguês, este vai-se embora, quando o empregado irrompe:    
- Desculpe, mas o Sr. esqueceu-se de pagar as codornizes.
- Mas eu não as comprei, troquei-as pelos frangos! - disse o burguês, "indignado" com a petulância do empregado.
- Mas também não pagou os frangos!
- Correcto, mas também não os levo...pois não ?