30 de setembro de 2010

O meu obrigado...

Para todos os que votaram PS, o meu obrigado...

Mas agradeço também a todos aqueles que votaram PSD, CDS e não votaram... pois ambos colaboram e colaboraram para que eu fique mais pobre, e eu já não sabia o que fazer ao dinheiro.

Como agradeço a estes por continuarem a contribuir para quem mais têm continue a pagar menos...;

Só assim podemos empurrar a dor de ter riqueza, para aqueles que já muito possuem... muito obrigados a todos...


Como é bom, cada vez mais, ver a rua com sem abrigos, famílias sem terem o que dar aos seus filhos... minha rica comunicação social que todos os dias das-me o prazer de ver a miséria ao natural, pois por ti nada sei...

só sei que é inevitável



http://economico.sapo.pt/noticias/iva-aumenta-para-23_100323.html

29 de setembro de 2010

Fazedores de opinião…

A comunicação social que depende dos senhores do dinheiro, presta-se à vassalagem através dos seus fazedores de opinião, bem instruídos e formatados em fazer da mentira uma realidade, em tornar justo o que é criminoso.

Esta vassalagem é demonstrada através de mimos, sobre quem trabalha e é explorado diariamente em prol de quem ganha milhões, paga tostões de impostos e possui mecanismos para sair impune e não pagar impostos sobre lucros obtidos.

Enquanto que os fazedores de opinião não tocam neste tipo de assuntos, e quando tocam é para defender o indefensável, mas é para isto que eles são pagos, são pagos para venderem a sua consciência.

Ao mesmo tempo que existem “toneladas” de precários a trabalharem, por meia dúzia de tostões, nestes meio de comunicação social, e que se abrirem a boca para dizerem verdades, no outro dia estão no desemprego… e muitos sem direito ao subsídio de emprego.

Os meios de comunicação social não tocam nos interesses dos banqueiros e amigos, pois se assim fosse, já não teriam utilidade e deixavam de ser financiados por eles.

Um caso de hipocrisia moral, de vendilhão, e de uma falta enorme de inteligência (pois quanto à esperteza não lhe falta), é um fazedor de opinião que parece chamar-se Henrique Raposo, que escreve no Expresso (gostaria de saber quem é o seu padrinho).

E o último artigo deste senhor que é uma verdadeira fraude intelectual, é sobre cortar nos salários da função pública:



Cortar nos salários da função pública

Todos os países a viver uma situação semelhante à nossa já cortaram nos salários da função pública. Nós precisamos de fazer a mesma coisa. Se não o fizermos, o FMI tratará do assunto.

I. Meus amigos, nós estamos a pagar 6% sobre a nossa dívida. Isto é insustentável. A cada hora (repito: a cada hora), o Estado endivida-se em 2.5 milhões de euros. Isto é insustentável. O governo tem de reduzir a despesa pública, e só há uma forma séria de o fazer: cortar nos salários da função pública. Sem um corte na massa salarial dos funcionários do Estado, será impossível controlar a despesa. Impossível. Acabou a festa, meus amigos. Nós não podemos gastar 15% do PIB só em salários do funcionalismo público. Não podemos. 15 cêntimos de cada euro que v. ganha, caro leitor, são destinados aos salários da função pública. Acha isto justo?

II. O drama de Portugal é este: o Estado endivida-se para abastecer os direitos adquiridos do statu quo, e não para fazer reformas-chave. O problema é que esta dívida enorme que estamos a acumular é apenas para gastos de tesouraria. Perante isto, meus amigos, a primeira coisa a fazer é esta: cortar nos insustentáveis salários da função pública. Se o governo não o fizer (e o PSD e CDS deviam apoiar o PS nesse sentido), o FMI tratará disso no dia em que o Estado não arranjar dinheiro para pagar o 13.º mês aos seus santos funcionários. E esse dia está a chegar.

III. A este respeito, convém reler um artigo de Pedro Maia Gomes (professor na Universidade Carlos III, Madrid), publicado no Expresso de 4 de Setembro. As contas dos privilégios insustentáveis dos funcionários públicos começam assim: "pessoas com características similares recebem mais 16% de salário no sector público". Depois, os salários da função pública sobem sempre, e nunca estão anexados à produtividade. Numa empresa (i.e., na realidade) aumentos acima da produtividade significam a falência. No Estado, esta prática irracional é conhecida pelo eufemismo de "direitos adquiridos".

IV. Perante esta realidade, uma redução nos salários da função pública seria sempre uma medida justa, no sentido de atenuar a assimetria entre o público e o privado. Ora, na actual conjuntura, um corte na função pública não é só justo: é igualmente necessário. Segundo Pedro Maia Gomes, um corte de 10% na função pública permitiria reduzir 2 mil milhões de euros por ano na despesa (1.4% do PIB). É aqui que devemos cortar, e não nos apoios sociais como o subsídio de desemprego. Mas repare-se no seguinte: José Sócrates já mexeu em todos os subsídios, mas ainda não mexeu onde devia ter mexido: nos salários da função pública.

PS: Convém lembrar que nos paraísos nórdicos os funcionários públicos têm sempre salários mais baixos do que no sector privado. E é o que faz sentido: porque um trabalhador do estado terá sempre mais segurança do que um trabalhador do sector privado. Mas, em Portugal, os nossos santos funcionários públicos têm o melhor dos dois mundos: salários mais altos e segurança à prova de bala.


Este senhor com este artigo, se pode-se dar este nome a esta coisa, só demonstra pobreza de espírito e uma vassalagem muito grande aos seus donos.

Eis um comentário que foi redigido, por alguém, em resposta a este artigo e que demonstra ser alguém que não é vassalo aos interesses do poder económico, sendo conhecedor da realidade e dos interesses instalados, que estes “capachos” ditos jornalistas fingem desconhecer ou que devido sua mentalidade criminosa, saem em defesa de atitudes e posições que levam milhões a passar fome e a sobreviverem com grandes dificuldades.

Artigo de resposta:

É assim:

Uma crónica aqui, um comentário ali, um “estudo” acolá, um perito conferencia em qualquer lado e, paulatinamente, torna-se uma inevitabilidade “15 cêntimos de cada euro que v. ganha, caro leitor, são destinados aos salários da função pública “ fica-me uma interrogação -quanto pagou ele de impostos? Não sei, não posso saber, há sigilo fiscal, no entanto o meu salário é público. Está disponível na internet e em papel no Diário da República. Sobre esse salário também eu paguei os 15 cêntimos por cada euro que realmente ganhei. Sim, por cada euro que realmente ganhei pois eu não recebo envelopes no final do ano, nem tenho carro da empresa, nem telefone, nem criei uma empresa à qual pertence a minha casa e os meus carros. Não tenho nada, apenas o meu salário que é público, sem sigilo. Ainda hoje lia no jornal que os gestores da REN são obrigados a entregar declaração de rendimentos mas requereram que ela ficasse sigilosa. Porquê ? Porque é o meu ordenado público e o deles não?

Ah os malditos dos funcionários públicos… E as parcerias público-privadas que sugam mais dinheiro que um tornado do Arkansas? E os Magalhães que rapidamente foram encostados? E as SCUT (lembram-se de João Cravinho, o pai delas e grande “combatente contra a corrupção” que, coitado, lá foi trabalhar para o estrangeiro para um bom tacho) criação deste partido que agora acaba com elas. E a Liscont dos contentores, e a Lusoponte de Ferreira do Amaral e agora de Jorge Coelho através da Mota Engil dona da AENOR que era presidida (se calhar ainda é) por Luís Parreirão Gonçalves, presidente também de não sei quantas SCUT, que era secretário de Estado do governo de Guterres que…criou as SCUT e concessionou várias ? E os pareceres jurídicos encomendados a sociedades de advogados e pagos a pesos de ouro? E os 30 milhões de euros pagos à GESCOM do grupo Espírito Santo por intermediação na compra dos submarinos? E..? E..? E…?

E quem paga isso tudo? Os 15 cêntimos sobre todo e cada euro que eu, funcionário público de salário público não sigiloso, recebo. E agora querem que ganhe menos para terem mais dinheiro para mais pareceres, mais comissões, mais parcerias da treta.

E a verdade é só uma, querem que eu passe a ganhar menos mas pagar…bom, pagar vou continuar a pagar o mesmo ou mais.

Será que Henrique Raposo está disposto a mostrar em que carro anda, em que casa mora e sobre quanto pagou impostos?

Eu estou,

Quantos deste gurus estão ?

AVE Mundi by Rodrigo Leão

Ave Mundi de Rodrigo Leão cantada por Angela Silva, professora no Coral Luisa Todi em Setúbal

http://www.inimpetus.org/web3/node/11


Reflectindo...


"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade."

Albert Einstein

21 de setembro de 2010

José Barata Moura Mandatário Nacional de Francisco Lopes



José Barata Moura, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa, autor de uma vasta obra no campo da filosofia e militante do PCP, aceitou “honrado” o convite para mandatário nacional da candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República.

José Barata Moura é o Mandatário Nacional da Candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República.
José Barata Moura, 62 anos, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa (Faculdade de Letras, Departamento de Filosofia).

Reitor da Universidade de Lisboa (1998 – 2006).
É Vice-presidente da Internacionale Gesellschaft Hegel-Marx fur dialektisches Denken.
É membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Internacional da Cultura e da Academia Pedro Hispano.
Autor de uma vasta obra no campo da Filosofia. Tradutor para português de obras de Hegel, de Marx e de Engels.
A par da carreira académica desenvolveu uma intensa actividade cultural e política como autor e intérprete de canções de intervenção, antes e depois do 25 de Abril. Autor e intérprete também no domínio da canção infantil.
Foi deputado ao Parlamento Europeu (1993 – 1994).

Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada.

É militante do PCP.

Retirado integralmente de http://pcp-minde.blogspot.com/

Mercedes Sosa, Volver a los 17

Mercedes Sosa, "La Negra", compositora e revolucionária.

"a voz das maiorias silenciosas" , por dar voz na defesa de quem mais precisa.
"Volver a los 17" é mais uma das suas grandes obras musicais, em parceria com Milton Nascimento.


20 de setembro de 2010

M U I T A M U I T A C L A S S E !

Um homem, voando num balão, dá conta de que está perdido. Avista um homem no chão, baixa o balão e aproxima-se:

- Pode ajudar-me? Fiquei de encontrar-me com um amigo às duas da tarde; já tenho um atraso de mais de meia hora e não sei onde estou…

- Claro que sim! – responde o homem: O senhor está num balão, a uns 20 metros de altura, algures entre as latitudes de 40 e 43 graus Norte e a longitude de 7 e 9 graus Oeste.
- É consultor, não é?
- Sou sim senhor! Como foi que adivinhou?
- Muito fácil: deu-me uma informação tecnicamente correcta, mas inútil na prática. Continuo perdido e vou chegar tarde ao encontro porque não sei o que fazer com a sua informação…

- Ah! Então o senhor é social democrata!

- Sou! Como descobriu?
- Muito fácil: O senhor não sabe onde está, nem para onde ir, assumiu um compromisso que não pode cumprir e está à espera que alguém lhe resolva o problema. Com efeito, está exactamente na mesma situação em que estava antes de me encontrar. Só que agora, por uma estranha razão, a culpa é minha!...

19 de setembro de 2010

Quando me amei de verdade...


" Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância , eu estava no lugar certo , na hora certa , no momento exacto . E , então , pude relaxar . Hoje sei que isso tem nome...Auto-estima.
Quando me amei de verdade , pude perceber que a minha angústia , meu sofrimento emocional , não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades . Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo a isso...Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive, eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é...Respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo o que não fosse saudável...Pessoas, tarefas , tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo . De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo . Hoje sei que se chama...Amor próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é...Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso , errei muito menos vezes . Hoje descobri a...Humildade.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é... Saber viver!!!! "


Charlie Chaplin

17 de setembro de 2010

150.000 postos de trabalho


Tardaram mas estão quase a cumprir...

Quarta-feira, 25 de Agosto de 2010

Uma promessa é uma promessa...

Notícia do «Jornal de Negócios»: Cabras-bombeiro. Portugal e Espanha lançam projecto de 50 milhões para limpar florestas. 150.000 cabras-bombeiro vão andar a pastar em Portugal e Espanha. O projecto, de 50 milhões de euros, visa prevenir os incêndios (...)

Finalmente cumpre-se a promessa eleitoral, antiga, de criação de 150 mil novos postos de trabalho. São medidas como esta que nos ajudam a aumentar a confiança nas instituições e na classe política em geral, e em particcular no Sócrates e Zapatero.

12 de setembro de 2010

O Tamanho das Pessoas...


Os Tamanhos variam conforme o grau de envolvimento...


Uma pessoa é enorme para ti, quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando te olha nos olhos e sorri .

É pequena para ti quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e até mesmo o amor

Uma pessoa é gigante para ti quando se interessa pela tua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto contigo. E pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos da moda.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. O nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de acções e reacções, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... é a sua sensibilidade, sem tamanho...

Willian Shakespeare

9 de setembro de 2010

Só de Sacanagem



Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:

- Não roubarás!
- Devolva o lápis do coleguinha!
- Esse apontador não é seu, minha filha!
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.

Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:

- Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba.
E eu vou dizer:
- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão:
- É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal.

E eu direi:

- Não admito! Minha esperança é imortal!

E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!
Sei que não dá para mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final.

Ana Carolina

8 de setembro de 2010

Este mundo é um mistério


Um grupo de extraterrestres visitou recentemente o nosso planeta. Eles queriam conhecer-nos, por pura curiosidade ou quem sabe com ocultas intenções.

Os extraterrestres começaram onde tinham que começar. Iniciaram sua exploração estudando o país que é o número um em tudo, número um até nas linhas telefónicas internacionais: o poder obedecido, o paraíso invejado, o modelo que o mundo inteiro imita. Começaram por aí, tentando entender o manda-mais para depois entender todos os demais.

Chegaram em tempo de eleições. Os cidadãos acabavam de votar e o prolongado acontecimento havia mantido todo o mundo em suspenso, como se se houvesse eleito o presidente do planeta.

A delegação extraterrestre foi recebida pelo presidente cessante. A entrevista foi no Salão Oval da Casa Branca, agora reservado exclusivamente aos visitantes do espaço sideral para evitar escândalos. O homem que estava a concluir o seu mandato respondeu, sorrindo, às perguntas.

Os extraterrestres queriam saber se no país vigorava um sistema de partido único, porque eles só haviam ouvido dois candidatos na televisão, e ambos diziam o mesmo.

Mas tinham, também outras inquietações:

Por que demoraram mais de um mês para contar os votos? Aceitariam os senhores a nossa ajuda para superar este atraso tecnológico?

Por que sempre vota apenas a metade da população adulta? Por que a outra metade nunca se dá a esse trabalho?

Por que ganha o que chega em segundo lugar? Por que perde o candidato que tem 328 696 votos de vantagem? Não é a democracia o governo da maioria?

E outro enigma os preocupava: Por que os outros países aceitam que este país os examine quanto à democracia, lhes dite normas e lhes fiscalize as eleições? Será porque este país os castiga quando não se portam como devem?

As respostas deixaram-nos ainda mais perplexos.

Mas continuaram a perguntar.

Aos geógrafos: Por que se chama América este país que é um dentre muitos do continente americano?

Aos dirigentes desportivos: Por que se chama Campeonato Mundial ("World Series") o torneio nacional de beisebol?

Aos chefes militares: Por que o Ministério da Guerra se chama Secretaria da Defesa, num país que nunca foi bombardeado nem invadido por ninguém?

Aos sociólogos: Por que uma sociedade tão livre tem a maior quantidade de presos no mundo?

Aos psicólogos: "Por que uma sociedade tão sadia ingere a metade dos psicofármacos que o planeta fabrica?

Aos dietistas: "Por que tem a maior quantidade de obesos este país que dita o menu dos demais países?

Se os extraterrestres fossem simples terrestres, esta absurda bateria de perguntas teria acabado mal. No melhor dos casos, teriam batido com a porta nas suas caras. Toda tolerância tem limites. Mas eles continuaram a bisbilhotar, sem qualquer suspeita de impertinência, má educação ou azedume.

E perguntaram aos estrategistas da política externa: Se os senhores estão ameaçados por inimigos terroristas, como o Iraque, o Irão e a Líbia, porque votaram junto com o Iraque, o Irão e a Líbia contra a criação do Tribunal Penal Internacional, criado para castigar o terrorismo?

E também quiseram saber: Se os senhores têm aqui, muito perto, uma ilha onde estão à vista os horrores do inferno comunista, por que não organizam excursões ao invés de proibir as viagens?

E aos que firmaram o tratado de livre comércio: Se agora a fronteira com o México está aberta, por que morre mais de um trabalhador braçal por dia tentando atravessá-la?

E aos especialistas em direito trabalhista: Por que a MacDonald's e a Wal-Mart proíbem os sindicatos aqui e em todos os países onde operam?

E aos economistas: "Por que, se a economia duplicou nos últimos vinte anos, a maioria dos trabalhadores ganha menos que antes e trabalha mais horas?

Ninguém negava resposta a estes seres estranhos, que continuavam com os seus disparates.

E perguntavam aos responsáveis pela saúde pública: Por que proíbem que as pessoas fumem, quando os automóveis e as fábricas fumam livremente?

E ao general que dirige a guerra contra as drogas: Por que os cárceres estão cheios de drogados e vazios de banqueiros lavadores de narcodólares?

E aos dirigentes do Fundo Monetário e do Banco Mundial: Se este país tem a dívida externa mais alta do planeta, e deve mais que todos os demais, por que os senhores não o obrigam nem a cortar as suas despesas públicas nem a eliminar os seus subsídios? Será para serem corteses com os vizinhos?

E aos politólogos: "Por que aqueles que aqui governam falam sempre de paz, enquanto este país vende a metade das armas de todas as guerras?

E aos especialistas em meio ambiente: Por que os que aqui governam falam sempre do futuro do mundo, enquanto este país gera a metade da poluição que está a acabar com o futuro do mundo?

Quanto mais explicações recebiam, menos entendiam. Pouco durou a expedição. Os extraterrestres começaram sua visita pela potência dominante, e aí terminaram. A normalidade do poder não estava ao alcance daqueles turistas.

Eduardo Galeano

2 de setembro de 2010

Francisco Lopes candidato a Presidente da Republica


Infelizmente existem muitos “dizentes” que falam de tudo e contra tudo o que pode abanar a sua consciência… Têm medo de terem que reflectir sobre algo que vá gerar conflitos com a sua dita consciência, actual, e depois como é?

São estes “dizentes” que se vissem apresentada a candidatura do Rato Mickey (banda desenhada), iriam bater palmas e encherem páginas e páginas de elogios a essa candidatura.
Mas o que iria acontecer, o Rato Mickey até podia ganhar as eleições, pois todos o conhecem; Os jornais todos os dias iriam falar dele, as televisões fariam grandes reportagens e diriam este sim é um bom candidato, é um candidato de grande valor (deveriam estar a referir-se ao pormenor do desenho).

No entanto o que iria mudar depois das eleições?
Nada… continuaria a miséria intelectual e física que se encontra instalada neste sistema.
E durante o período eleitoral o que aconteceria?
Nada… falava-se no traço do desenho, nas orelhas, na cor…

Mas da realidade nada se falaria,

Não se discutiria os problemas que existem na nossa sociedade, na miséria, na fome, na falta de emprego, nos despedimentos ilegais (mesmo havendo um código de trabalho que lesa os direitos dos trabalhadores, que foi aprovado pelos apoiantes destes Ratos Mickey`s e que foi promulgado pelo actual e talvez candidato à Presidência da Republica);

Não se falava nas condições do sistema de saúde, da educação;
Não se falaria nos milhões gastos, pelo Estado, a financiar o sistema privado enquanto o sistema público é deixado a cair de “podre”…

Pois é… Mas não podemos, nem vamos fazer a vontade ao Rato Mickey e aos seus apoiantes, pois por muito que goste de banda desenhada, a minha consciência não deixa que eu adormeça, em vez de contribuir para o esclarecimento e denuncia de um sistema que está a obrigar a maioria a simplesmente sobreviver, em vez de viverem como têm direito;

Já para não falar dos que nem a sobreviverem tem direito… e morrem com fome e por falta de assistência médica, enquanto outros vêm a sua conta bancária a aumentar astronomicamente, e enviam milhões para offshore`s (paraísos fiscais).

Quanto ao meu candidato, Francisco Lopes, os ditos “dizentes” não se preocupem porque ele é candidato de consciência com os princípios da verdadeira esquerda.

Eles que não tenham medo porque ele não possui nenhuma doença contagiosa, pois que eu saiba o alertar, informar, e denunciar as atrocidades que se mantêm para que este sistema mantenha-se, não é doença;

E o ganhar consciência para a realidade, por parte das pessoas menos atentas, também não é doença…

Quanto à consciência pesada destes “dizentes” e dos seus donos, é que já tenho duvidas se é considerado doença… e de que foro…

Quanto a mim e a muitos mais… iremos ajudar o Francisco Lopes a fazer chegar a sua mensagem ao maior número possível de pessoas.

Essa mensagem será da realidade e da explicação do que motiva-nos a ser verdadeiramente de esquerda.