29 de setembro de 2010

Fazedores de opinião…

A comunicação social que depende dos senhores do dinheiro, presta-se à vassalagem através dos seus fazedores de opinião, bem instruídos e formatados em fazer da mentira uma realidade, em tornar justo o que é criminoso.

Esta vassalagem é demonstrada através de mimos, sobre quem trabalha e é explorado diariamente em prol de quem ganha milhões, paga tostões de impostos e possui mecanismos para sair impune e não pagar impostos sobre lucros obtidos.

Enquanto que os fazedores de opinião não tocam neste tipo de assuntos, e quando tocam é para defender o indefensável, mas é para isto que eles são pagos, são pagos para venderem a sua consciência.

Ao mesmo tempo que existem “toneladas” de precários a trabalharem, por meia dúzia de tostões, nestes meio de comunicação social, e que se abrirem a boca para dizerem verdades, no outro dia estão no desemprego… e muitos sem direito ao subsídio de emprego.

Os meios de comunicação social não tocam nos interesses dos banqueiros e amigos, pois se assim fosse, já não teriam utilidade e deixavam de ser financiados por eles.

Um caso de hipocrisia moral, de vendilhão, e de uma falta enorme de inteligência (pois quanto à esperteza não lhe falta), é um fazedor de opinião que parece chamar-se Henrique Raposo, que escreve no Expresso (gostaria de saber quem é o seu padrinho).

E o último artigo deste senhor que é uma verdadeira fraude intelectual, é sobre cortar nos salários da função pública:



Cortar nos salários da função pública

Todos os países a viver uma situação semelhante à nossa já cortaram nos salários da função pública. Nós precisamos de fazer a mesma coisa. Se não o fizermos, o FMI tratará do assunto.

I. Meus amigos, nós estamos a pagar 6% sobre a nossa dívida. Isto é insustentável. A cada hora (repito: a cada hora), o Estado endivida-se em 2.5 milhões de euros. Isto é insustentável. O governo tem de reduzir a despesa pública, e só há uma forma séria de o fazer: cortar nos salários da função pública. Sem um corte na massa salarial dos funcionários do Estado, será impossível controlar a despesa. Impossível. Acabou a festa, meus amigos. Nós não podemos gastar 15% do PIB só em salários do funcionalismo público. Não podemos. 15 cêntimos de cada euro que v. ganha, caro leitor, são destinados aos salários da função pública. Acha isto justo?

II. O drama de Portugal é este: o Estado endivida-se para abastecer os direitos adquiridos do statu quo, e não para fazer reformas-chave. O problema é que esta dívida enorme que estamos a acumular é apenas para gastos de tesouraria. Perante isto, meus amigos, a primeira coisa a fazer é esta: cortar nos insustentáveis salários da função pública. Se o governo não o fizer (e o PSD e CDS deviam apoiar o PS nesse sentido), o FMI tratará disso no dia em que o Estado não arranjar dinheiro para pagar o 13.º mês aos seus santos funcionários. E esse dia está a chegar.

III. A este respeito, convém reler um artigo de Pedro Maia Gomes (professor na Universidade Carlos III, Madrid), publicado no Expresso de 4 de Setembro. As contas dos privilégios insustentáveis dos funcionários públicos começam assim: "pessoas com características similares recebem mais 16% de salário no sector público". Depois, os salários da função pública sobem sempre, e nunca estão anexados à produtividade. Numa empresa (i.e., na realidade) aumentos acima da produtividade significam a falência. No Estado, esta prática irracional é conhecida pelo eufemismo de "direitos adquiridos".

IV. Perante esta realidade, uma redução nos salários da função pública seria sempre uma medida justa, no sentido de atenuar a assimetria entre o público e o privado. Ora, na actual conjuntura, um corte na função pública não é só justo: é igualmente necessário. Segundo Pedro Maia Gomes, um corte de 10% na função pública permitiria reduzir 2 mil milhões de euros por ano na despesa (1.4% do PIB). É aqui que devemos cortar, e não nos apoios sociais como o subsídio de desemprego. Mas repare-se no seguinte: José Sócrates já mexeu em todos os subsídios, mas ainda não mexeu onde devia ter mexido: nos salários da função pública.

PS: Convém lembrar que nos paraísos nórdicos os funcionários públicos têm sempre salários mais baixos do que no sector privado. E é o que faz sentido: porque um trabalhador do estado terá sempre mais segurança do que um trabalhador do sector privado. Mas, em Portugal, os nossos santos funcionários públicos têm o melhor dos dois mundos: salários mais altos e segurança à prova de bala.


Este senhor com este artigo, se pode-se dar este nome a esta coisa, só demonstra pobreza de espírito e uma vassalagem muito grande aos seus donos.

Eis um comentário que foi redigido, por alguém, em resposta a este artigo e que demonstra ser alguém que não é vassalo aos interesses do poder económico, sendo conhecedor da realidade e dos interesses instalados, que estes “capachos” ditos jornalistas fingem desconhecer ou que devido sua mentalidade criminosa, saem em defesa de atitudes e posições que levam milhões a passar fome e a sobreviverem com grandes dificuldades.

Artigo de resposta:

É assim:

Uma crónica aqui, um comentário ali, um “estudo” acolá, um perito conferencia em qualquer lado e, paulatinamente, torna-se uma inevitabilidade “15 cêntimos de cada euro que v. ganha, caro leitor, são destinados aos salários da função pública “ fica-me uma interrogação -quanto pagou ele de impostos? Não sei, não posso saber, há sigilo fiscal, no entanto o meu salário é público. Está disponível na internet e em papel no Diário da República. Sobre esse salário também eu paguei os 15 cêntimos por cada euro que realmente ganhei. Sim, por cada euro que realmente ganhei pois eu não recebo envelopes no final do ano, nem tenho carro da empresa, nem telefone, nem criei uma empresa à qual pertence a minha casa e os meus carros. Não tenho nada, apenas o meu salário que é público, sem sigilo. Ainda hoje lia no jornal que os gestores da REN são obrigados a entregar declaração de rendimentos mas requereram que ela ficasse sigilosa. Porquê ? Porque é o meu ordenado público e o deles não?

Ah os malditos dos funcionários públicos… E as parcerias público-privadas que sugam mais dinheiro que um tornado do Arkansas? E os Magalhães que rapidamente foram encostados? E as SCUT (lembram-se de João Cravinho, o pai delas e grande “combatente contra a corrupção” que, coitado, lá foi trabalhar para o estrangeiro para um bom tacho) criação deste partido que agora acaba com elas. E a Liscont dos contentores, e a Lusoponte de Ferreira do Amaral e agora de Jorge Coelho através da Mota Engil dona da AENOR que era presidida (se calhar ainda é) por Luís Parreirão Gonçalves, presidente também de não sei quantas SCUT, que era secretário de Estado do governo de Guterres que…criou as SCUT e concessionou várias ? E os pareceres jurídicos encomendados a sociedades de advogados e pagos a pesos de ouro? E os 30 milhões de euros pagos à GESCOM do grupo Espírito Santo por intermediação na compra dos submarinos? E..? E..? E…?

E quem paga isso tudo? Os 15 cêntimos sobre todo e cada euro que eu, funcionário público de salário público não sigiloso, recebo. E agora querem que ganhe menos para terem mais dinheiro para mais pareceres, mais comissões, mais parcerias da treta.

E a verdade é só uma, querem que eu passe a ganhar menos mas pagar…bom, pagar vou continuar a pagar o mesmo ou mais.

Será que Henrique Raposo está disposto a mostrar em que carro anda, em que casa mora e sobre quanto pagou impostos?

Eu estou,

Quantos deste gurus estão ?

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