26 de janeiro de 2013

Retrato corrente...

Começou o ano do “enorme aumento de impostos”. Os portugueses vão pagar mais IRS, vão receber menos e gastar mais dinheiro com as despesas do dia-a-dia. 

A Rádio Renascença elaborou um guia para o ajudar a fazer contas à crise. 


SERVIÇOS E CONSUMO

Electricidade: +2,8% 
Gás: +2,5% 
Rendas: +3,4% (contratos posteriores a 1990) 
Portagens: +2,03% 
Tabaco: +1,3% 
Bebidas alcoólicas: +1,3% (e +7,5% nas bebidas espirituosas) 
Telecomunicações: +3% (Fevereiro) 
Transportes: +0,9% 
Taxas moderadoras: +0,9% 


IMPOSTOS

IRS: escalões passam de 8 para 5. Sobretaxa de 3,5% de IRS. Rendimentos acima de 80 mil euros por ano pagam taxa solidária de 2,5%. Rendimentos acima de 250 mil euros anuais pagam taxa solidária de 5%. No final, os portugueses assistem a “um enorme aumento de impostos. Rendimentos de capital (juros, dividendos, mais-valias bolsistas): taxa liberatória sobe para 28% 
Tributação património: imóveis acima de um milhão pagam mais 1% de imposto de selo 
Jogos Santa Casa: prémios acima de cinco mil euros pagam 20% do valor em causa 
IVA: devolução 5% do valor das facturas pedidas. Limite máximo de devolução é de 250 euros. São consideradas facturas de alojamento, restauração, cabeleireiros, institutos de beleza e oficinas. 


Menos deduções:

Escalão de rendimento colectável Limite 
Até 7000 € sem limite 
De mais de 7 000€ até 20 000€ 1 250€ 
De mais de 20 000€ até 40 000€ 1 000€ 
De mais de 40 000€ até 80 000€ 500€ 
Mais de 80 000€ 0€
Estes limites são aumentados em 10% por cada dependente. Despesas com saúde, educação, habitação, lares e pensões de alimentos pagas são consideradas deduções à colecta. 
Crédito à habitação: tecto máximo de 296 euros 
Dedução de rendas: tecto máximo 502 euros 


PENSIONISTAS

Acima de 1.350 e até 1.800 euros: corte de 3,5% 
Acima 3.750 euros: corte de 10% 
Acima 5.030 euros: corte de 10% + contribuição extraordinária de solidariedade (15% sobre o montante que exceda 5.030, mas que não ultrapasse 7.545; e 40% sobre o montante que ultrapasse 7.545 euros). 


NOVOS REFORMADOS

Penalização de 4,78%
Alternativa é trabalhar mais tempo
- 65 anos de idade e 40 de descontos: mais 5 meses
- 65 anos de idade e 35 a 39 anos de descontos: mais 8 meses
- 65 anos de idade e 25 a 34 anos descontos: mais 10 meses
- 65 anos de idade e 15 a 24 anos descontos: mais 15 meses 


FUNÇÃO PÚBLICA

Subsídio doença: baixas até 3 dias sem pagamento; redução 10% na remuneração base diária para baixas a partir do 4.º dia e até ao 30.º dia. 
Idade reforma: 65 anos; polícias e militares - 60 anos 
Salários: manutenção das reduções entre 3,5% e 10% para salários superiores a 1.500 euros 


SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E DE NATAL DO PÚBLICO

- Subsídio Natal é reposto e mantém-se suspensão do de férias;
- Pensionistas e reformados recebem subsídio de Natal e 10% do subsídio de férias;
- Suspensão subsídio de férias nos moldes de 2012: não se aplica abaixo dos 600 euros; progressivamente entre os 600 e 1100; na totalidade acima dos 1100. 


SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E DE NATAL DO PRIVADO

- Diluição de metade dos subsídios de férias e Natal por 12 meses.
- Restantes 50% serão pagos até 15 de Dezembro (Natal) e antes do início das férias. A medida é temporária e deverá vigorar entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2013. 


SUBSÍDIOS - GERAL

Subsídio de desemprego passa a pagar 6% para Segurança Social
Subsídio de doença passa a pagar 5% para Segurança Social
Subsídio por morte dos aposentados: máximo 1.257 euros 


IRC

Empresas com lucros acima de 1,5 milhões: 25% + 3% (taxa adicional)
Empresas com lucros acima de 7,5 milhões: 25% + 5% (taxa adicional) 


PREVISÕES DO GOVERNO PARA A ECONOMIA EM 2013

PIB: -1% 
Défice: 5% 
Consumo privado: -2,2% 
Consumo público: -3,5% 
Investimento público: - 4,2% 
Exportações: 3,6% 
Importações: - 1,4% 
Inflação: 0,9% 
Taxa de desemprego: 16,4% 


REFUNDAÇÃO DO ESTADO

Corte de quatro mil milhões na despesa. Segundo o primeiro-ministro, o Governo vai ter de “mexer nas pensões, nas despesas de saúde, nas despesas de educação”. A poupança será feita, diz Pedro Passos Coelho, “pelas rubricas financeiras mais pesadas”. 

Redução 2% funcionários públicos até 2014: cerca de 40 mil

Sem comentários: