A sociedade actual habituou-se a conviver com as injustiças e a miséria, fazendo destes condicionalismos uma forma de vida.
Para as condições de vida do povo Português e do resto do mundo mudarem, primeiro é preciso que haja uma mudança de mentalidade e de valores, das pessoas que constituem essas sociedades.
O povo gosta de apelar à solidariedade, falar sobre as mais diversificadas injustiças mas quando chega a sua vez de intervir na construção de algo para um colectivo e em prol de um objectivo, arranjam as mais diversificadas desculpas esfarrapadas para não darem corpo ao manifesto.
A generalidade das pessoas está despida de valores e de vontade…
Diariamente falam, falam de algo que se atravessou no seu caminho e dão a sua opinião… até aqui tudo bem, o problema é quando urge dar soluções.
As soluções avançadas são por norma algo que já fracassou, no entanto e após serem confrontadas com o fracasso dessas soluções a forma de limparem a sua consciência pelas opções tomadas é resignarem-se à existência de tais injustiças, como sendo um mal comum e que não existe volta a dar.
Confrontadas com outras alternativas, que não são as que o sistema implementado apregoa, este tipo de pessoas blindam-se contra tais alternativas usando frases feitas, sem qualquer conteúdo científico ou intelectual, para não terem que concordar e lutar por algo que vai contra o sistema implementado.
Este tipo de pessoas falam e opinam sobre tudo, mas no momento de apontarem responsabilidades nunca fazem uma introspectiva pessoal, nem analisam as decisões que tomaram ao longo dos tempos… consequentemente não relacionam os resultados e as consequências, com as opções que tomaram.
Normalmente generalizam as causas e consequências para não perturbarem a sua própria consciência…
São este tipo de pessoas que “badalam aos sete ventos” que não votam, e que os políticos são todos iguais…
Este tipo de pessoas não tem consciência para se sindicalizarem, nem para participarem activamente nas organizações dos trabalhadores.
Mas quando algo corre mal “apontam logo o dedo” aos sindicatos e comissões de trabalhadores, não querendo assumir que a culpa, também, é deles próprios; Nem estão interessados em perceber que os sindicatos e comissões de trabalhadores não valem nada só por si.
As comissões de trabalhadores e sindicatos podem estar, e devem, ao lado dos trabalhadores; Mas não substituem os trabalhadores.
No entanto, estes pseudo individualistas não renegam, nem abdicam dos direitos alcançados; Que foram conseguidos com muita luta e sacrifícios dos trabalhadores, junto com os seus sindicatos de classe.
Os sindicatos só existem porque os trabalhadores sindicalizados contribuem financeiramente, para que a sua existência seja possível…
Em conclusão:
Aqueles, que anteriormente falei, além de nada contribuírem para a existência de direitos; Ainda usufruem de direitos para os quais não contribuíram, nem contribuem, vivendo deste modo à custa dos seus colegas sindicalizados, colegas esses que ainda são criticados por eles…
Enfim…
Só com a mudança de mentalidades podemos lutar, de igual para igual, com os agiotas que todos os dias atacam os direitos dos trabalhadores; E que possuem determinados pobres de espírito como seus aliados…
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