Hoje de manhã, enquanto estava a trabalhar, estive a ouvir na rádio o fórum da TSF. O tema era a avaliação dos professores.
Tive a oportunidade de ouvir as teorias filosóficas mais aberrantes, que alguma vez pensei ouvir, mas compreendo.
Das teorias debitadas por pessoas “iluminadas” destaco:
O marido de uma professora de físico química, que por acaso também tinha a mesma licenciatura, começou por elogiar a mulher, o que até acho bem…
A mulher dele já tinha tirado e continuava a tirar vários mestrados e doutoramentos, e era uma pessoa muito inteligente, o único problema era que tinha de conviver diariamente com colegas “burras” e “analfabetas” (eram quase todas, penso que só se safavam as amigas, e mesmo assim…) algumas que tiraram o curso no Piaget. Ela é tão inteligente, que era avaliadora e muito boa avaliadora… segundo as palavras do marido.
Segundo este Sr. Licenciado, esposo de uma mulher Dra, acabar com esta avaliação era uma grande estupidez, pois esta avaliação avaliava e bem os professores…
Ao ouvir este discurso, fiquei com algumas duvidas…
A esposa deste Sr. Licenciado, que tirou e continuava a tirar mestrados e doutoramentos atrás de mestrados e doutoramentos, tem tempo para dar aulas?
Ou é daquelas que defende este sistema para não perder os seus privilégios?
Ou é uma daquelas Directoras que segue a filosofia de que é Directora para receber o ordenado, subsídios e dar ordens para os outros trabalhar?
Será que por ser tão intelectual, é daquelas que avalia os colegas mediante a vassalagem que lhe prestam?
Quem defende este tipo de avaliação é porque ganha com ela, e não é pela sua competência… mas pelos seus padrinhos e madrinhas… Quanto ao respeito pelos colegas, e tendo em atenção o que o marido diz (conversa de caserna) … não deve ter, deve-se sentir única e iluminada…
Outra das teorias era a de uma psicóloga…
Dizia que os professores, não queriam ser avaliados, por nenhuma avaliação… e que ela até tinha tido acesso em “primeira mão” ao projecto da avaliação e que era muito bom…
Devo concordar com ela, é óptimo para lhe fornecer pacientes, mas com os cortes nos ordenados e com aqueles professores que gastam mais para ir trabalhar, do que o ordenado que recebem… corre o risco de ter clientes com grandes calotes…
Pobre miséria…
Uma avaliação deve avaliar a competência, seriedade e conhecimentos… e este tipo de avaliação, para ser justa tem que ser feita por quem sabe e tem consciência do que realmente deve ser o ensino…
Condenar a quebra deste dito acordo, é não saber do que fala… é não saber os pressupostos em que estava elaborado tal acordo, pressupostos esses que foram “roubados à má fila” por este governo.
Quem tem consciência, sabe o que um verdadeiro professor sofre, diariamente, na escola e em casa, sim que para um professor a sua própria casa faz parte do seu trabalho…
E se não acreditam nos professores, perguntem às suas mulheres e maridos…
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